segunda-feira, 18 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
EXERCÍCIO E ENVELHECIMENTO
Investigar os efeitos da atividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o indivíduo ativo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.
É preciso dizer que representa um consenso científico a idéia de que nunca é tarde demais para se iniciar um programa de atividade física. Torna-se uma providência obrigatória, principalmente nos indivíduos mais idosos, uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios.
Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o indivíduo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos jovens.
A explicação para este fato é na realidade bastante lógica: nós sabemos que a inatividade física leva à uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma dúvida, o sistema que mais se ressente da inatividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso. Um dos principais efeitos do envelhecimento é exatamente a perda de massa muscular. Assim sendo, no indivíduo mais idoso e sedentário, existe uma soma de efeitos determinantes da perda de massa muscular: idade e inatividade.
Isso acaba gerando um círculo vicioso extremamente prejudicial à qualidade de vida. O início de um programa de exercícios pode interferir nessa situação e, consequentemente, promover uma sensível melhora da capacidade física do indivíduo, em função de exercer seus efeitos numa situação muito mais séria do que no indivíduo jovem.
Por outro lado, a atividade física no idoso, desde que bem orientada pode prevenir um dos problemas mais graves do envelhecimento, a osteoporose, principalmente nas mulheres.
Felizmente, os programas de atividade física na terceira idade têm cada vez mais se difundido na população, e podemos ter a expectativa de num futuro próximo observar os resultados inclusive na melhor capacidade de trabalho, produtividade, e sobretudo na auto-estima do idoso.
EXERCÍCIO, DIETA E HIPERTENSÃO
Um dos maiores desafios da medicina nos dias de hoje ainda é o controle, a prevenção e o tratamento da hipertensão. Para se ter uma idéia da dimensão desse problema de saúde pública, podemos citar um recente levantamento realizado nos Estados Unidos, onde foi constatado que cerca de 50 milhões de pessoas são portadoras de hipertensão. O problema certamente acomete também a nossa população, com uma ordem de grandeza não muito diferente da população americana. A dificuldade do controle da hipertensão é normalmente maior devido à freqüente ausência de sintomas aparentes que possibilitem seu diagnóstico precoce.
Em função desses fatos, todas as campanhas de combate à hipertensão são direcionadas principalmente para os meios de prevenção da doença. Do ponto de vista de atitudes preventivas, dois aliados são fundamentais: educação alimentar e exercícios físicos. É do conhecimento público o fato de que, para prevenir a hipertensão, a principal educação de hábitos alimentares consiste em controlar a ingestão de sal.
Uma pesquisa recente realizada em um conceituado centro médico americano, o Johns Hopkins Medical Institutions, em Baltimore, constatou uma importante influência da ingestão de potássio no controle da hipertensão. Os pesquisadores afirmam que as pessoas que ingerem pelo menos 2,5 gramas de potássio diariamente reduzem significativamente seus níveis de pressão arterial. O potássio é um elemento encontrado em várias frutas e vegetais, dos quais os mais ricos são a banana, a laranja e a batata. É importante lembrar que o controle da pressão arterial é um problema complexo que deve sempre partir da orientação de um médico.
Do ponto de vista preventivo, a prática de atividades físicas regulares, sem dúvida, é um eficiente meio de combate à hipertensão. No entanto, sabe-se que não são todas as modalidades de atividade física que são recomendadas para prevenção e controle da hipertensão. Os exercícios de força, os chamados exercícios isométricos, tais como levantar pesos, ou contrair vigorosamente grandes grupos musculares, não são recomendados para controlar a pressão. O grande benefício que se pode obter se origina da prática regular dos exercícios chamados aeróbicos, tais como andar, pedalar, nadar e correr para os bem condicionados.
Finalmente, cabe a consideração de que existem diferentes causas para o problema da hipertensão, as quais devem sempre ser adequadamente avaliadas por um médico, a quem caberá também orientar a dieta e a indicação de exercícios físicos.
QUEM DORME POUCO, PERDE MAIS MÚSCULOS E MENOS GORDURA
Pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm mais dificuldade para perder gordura quando fazem dieta do que aquelas que dormem mais de oito horas.
De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (EUA), quem está fazendo dieta e dorme pouco emagrece, mas a quantidade de gordura eliminada é quatro vezes menor do que a quantidade de massa magra perdida.
A pesquisa, publicada na revista "Annals of Internal Medicine", avaliou pessoas de 35 a 49 anos com obesidade ou sobrepeso. Os voluntários foram divididos em dois grupos e submetidos ao mesmo regime alimentar de restrição calórica.
A única diferença foi a quantidade de horas de sono -enquanto um grupo dormiu oito horas e meia por noite, o outro dormiu cinco horas e meia.
Depois de duas semanas, a média de perda de peso dos dois grupos foi a mesma: cerca de 3 kg. Mas houve uma diferença de 55% na quantidade de gordura perdida.
Quem dormiu menos eliminou cerca de meio quilo de gordura e 2,5 kg de massa magra. Já quem dormiu mais perdeu 1,5 kg de gordura.
Os participantes do estudo também foram questionados sobre a sensação de saciedade. Constatou-se que as horas a mais de sono também ajudaram a controlar a fome e diminuir o apetite.
De acordo com os pesquisadores, quem dormiu pouco teve uma produção maior de grelina, hormônio que provoca a fome e reduz o gasto energético.
Além de ter níveis maiores de grelina, essas pessoas produziram mais uma substância que aumenta o apetite: a grelina ácida.
Apesar dos resultados significativos, o estudo tem algumas limitações, como por exemplo o número de participantes, dez, considerado pequeno para resultados definitivos. Outra limitação é que a experiência durou apenas duas semanas.
Mesmo assim, os autores do trabalho acreditam que os resultados podem ajudar nos tratamentos de obesidade e distúrbios do sono.
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