quinta-feira, 3 de maio de 2012

ENTORSE DE TORNOZELO

Em busca de uma melhor qualidade de vida é cada vez mais comum individuos sedentários iniciarem um programa de atividade física sem qualquer orientação de um profissional especializado. Esta procura vem acompanhada, muitas vezes, de um treinamento inadequado, sem adaptações orgânicas necessárias para o sucesso da mesma. Como consequencia notamos um grande índice de lesões relacionadas ao esporte, como a corrida por exemplo. Dentre elas destaca-se as lesões musculares e articulares, como distensões e entorses. Estudos e esforços vem sendo realizados para diminuir este grande índice de lesões, e o fisioterapeuta, como profissional da área de saúde aparece não apenas na reabilitação e tratamento das injúrias, mas também na prevenção, para que menos lesões venham a aparecer e prejudicar a qualidade e desempenho dos praticantes. O entorse de tornozelo é uma lesão considerada comum no meio desportivo, porém evitável. É definido como sendo uma lesão ligamentar, onde no momento do impacto, ao girar o pé rapidamente para dentro (por inversão) ou para fora (por eversão) os ligamentos não conseguem se contrair com rapidez para amortecer o impacto, causando a lesão. O entorse por inversão é disparado o mais comum, sendo que acomete 3 ligamentos laterais: talofibular anterior, calcaneofibular e talofibular posterior. O entorse por eversão é menos comum e acomete o ligamento deltóide. Dependendo da intensidade do trauma pode ter 3 diferentes classificações: - Grau I: há algum estiramento e talvez ruptura das fibras ligamentares do tornozelo, com pouca ou nenhuma instabilidade, leve dor e pouco edema; - Grau II: algumas fibras ligamentares são rompidas parcialmente, com dor, edema e rigidez articular; - Grau III: ocorre a ruptura total do ligamento, com instabilidade articular, dor severa, com grande edema tornando a articulação muito rígida. Durante a fase inicial de tratamento alguns objetivos são muito claros: contolar o edema (com auxilio da crioterapia-gelo), compressão com uma bandagem elastica, elevação dos membros inferiores nas primeiras 48 horas e repouso para diminuir o processo inflamatório. Na continuação do tratamento inicia-se o trabalho individual com o fisioterapeuta, onde será destacada a realização dos exercícios isométricos de planti e dorsi-flexão do tornozelo, inversão e eversão do pé e a proproicepção. De acordo com a progressão do organismo em resposta a lesão, os exercícios irão do mais simples ao mais complexo. Vale a pena lembrar que um trabalho de reabilitação incorreto ou parcial resultará diretamente em reincidencia da lesão. Consequentemente se o retorno à pratica esportiva for bem orientado e tolerado, sem estressar o ligamento lesionado, seu retorno será com certeza bem sucedido. Por isso, se realizar um entorse de tornozelo quando estiver correndo ou de outra maneira qualquer, respeite seu limite e inicie precocemente um trabalho de reabilitação!

É MELHOR CORRER NA RUA OU NA ESTEIRA?

Adotar a corrida como prática esportiva é, sem dúvida, um grande passo em direção a uma vida mais saudável e uma cintura fina. Na hora de gastar a sola do tênis, há quem adote a esteira, um dos aparelhos mais concorridos nas academias. Já outros não trocam a suadeira ao ar livre por nada. "A escolha do piso em que se vai correr deve se basear nos objetivos do indivíduo", afirma o educador físico Bruno Modesto, que é pesquisador da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo (USP) e instrutor de primeiros socorros do Instituto do Coração de São Paulo, o Incor. Em outras palavras, o futuro corredor precisa ter em mente se quer se exercitar só para relaxar ou, por outro lado, para competir nas inúmeras corridas de rua Brasil afora. Outro ponto fundamental é checar a possibilidade de dar as passadas em ruas, praças e parques -- caso essa alternativa esteja fora de alcance, o jeito mesmo é ficar na velha e boa esteira. "Iniciantes ou sedentários podem começar no aparelho e evoluir posteriormente para a corrida de rua, que apresenta mais dificuldades de percurso sem contar a influência de fatores ambientais", completa Modesto. "Uma das principais vantagens da esteira é a possibilidade de controlar o ritmo da corrida. Além disso, nela é mais fácil aprender a mecânica correta do movimento, o que deixa o atleta mais eficiente", diz Bruno Modesto. "Ao alternarmos a velocidade e a inclinação do equipamento, pode-se fazer um trabalho progressivo e adequado, inclusive para indivíduos com sobrepeso ou obesos", afirma o professor. Para o ortopedista André Pedrinelli, da Faculdade de Medicina da USP, o recomendado é treinar nos dois pisos, já que ambos apresentam prós e contras. "A esteira oferece mais amortecimento para as articulações que o asfalto, além de garantir um melhor controle do esforço e, portanto, dos resultados", diz Pedrinelli. Segundo ele, correr na engenhoca gera menos impacto e, consequentemente, diminui-se o risco de lesões. "O sistema de absorção de impacto do equipamento ajuda principalmente os que estão acima do peso", confirma Bruno Modesto. A esteira também é ótima para dias chuvosos ou para fugir do frio e do calor extremos. Mas muita gente acha monótono correr olhando sempre o mesmo cenário, em ambiente fechado e sem interação com outras pessoas. "A corrida ao ar livre permite contato com a natureza, diferentes paisagens, novos lugares e percursos a ser explorados. Além disso, possibilita reunir amigos e formar grupos, o que aumenta a motivação e faz a diferença para que pretende se manter ativo", avalia Bruno Modesto. Outra diferença é que o gasto energético na rua é maior. Isso porque a mecânica dos movimentos não é a mesma. No chão, o indivíduo fica sujeito a diversas variações de rota, como subidas, descidas, curvas e inúmeras irregularidades no terreno que aumentam a demanda do organismo e contribuem para um maior consumo calórico. Todos esses desvios fazem com que mais grupos musculares se envolvam na atividade e ainda desenvolvem o sistema de equilíbrio -- chamado de propriocepção --, o que não acontece na esteira. Veja, então, qual alternativa se adapta às suas características e preferências, calce o tênis e dê a largada rumo à boa forma. Se possível, varie o ambiente e o piso, já que, como vimos, há pontos positivos e negativos em todos eles. Mas, nos dois casos, na esteira ou na rua, é fundamental buscar a orientação de um profissional de educação física. Ele vai planejar o treinamento e dosar o esforço sempre de acordo com as suas condições. As vantagens de cada piso Esteira • Gera menos impacto nas articulações • Menor risco de lesões • Melhor controle do esforço e dos resultados • Mais indicada para iniciantes e para quem está acima do peso • Ideal para dias chuvosos, muito quentes ou frios demais Rua • Diferentes paisagens e contato com a natureza • Maior socialização • Maior gasto energético devido às irregularidades do terreno • Envolve mais grupos musculares • Desenvolve o sistema de equilíbrio --propriocepção