quinta-feira, 16 de agosto de 2012

LESÕES MUSCULARES


O músculo esquelético é dividido em dois tipos de fibras musculares, dependendo de sua atividade metabólica e sua função mecânica.
As fibras tipo 1, conhecidas como vermelhas, lentas, têm baixa velocidade de contração e grande força de contração. Elas funcionam aerobicamente e são resistentes à fadiga.

As fibras tipo 2, conhecidas como fibras rápidas ou brancas, são subdivididas em dois tipos, de acordo com seu nível de atividade metabólica. Ambos os tipos são fibras de contração rápida e têm elevadas força e velocidade de contração.
Acredita-se que a proporção de fibras tipo 1 e 2 nos indivíduos sejam definidas geneticamente, com pouca capacidade de interconversão de um tipo a outro. Já a interconversão entre os tipos 2, A e B, é muito mais comum, dependendo do tipo de treinamento atlético.

Prevenção de lesões musculares

As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico, aeróbico, trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento da musculatura esquelética. 

Mecanismos de Lesão Muscular

As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto, laceração ou isquemia. Após a lesão, inicia-se a regeneração muscular, com uma reação inflamatória, entre 6 e 24 horas após o trauma. O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, com estabilização em duas semanas. A restauração completa pode levar de 15 a 60 dias para se concretizar.

As principais causas de lesão são o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável.

As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular; grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do músculo e da fáscia (ou seja, ruptura da junção músculo-tendínea.

A lesão muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas ou excêntricas, sendo muito mais comum nesta última, com a falha freqüentemente ocorrendo na junção miotendínea.

O diagnóstico é realizado pelo exame clínico, em que se percebe a nítida impotência funcional e pelos exames complementares que podem auxiliar também no tratamento e na prevenção de novas lesões.

Exames laboratoriais, como de Sódio, Potássio, Cálcio, Fosfato, Magnésio, VHS, podem ser úteis em determinadas situações, a critério do médico.

Na suspeita de uma doença da tireóide, em que podem ocorrer lesões musculares de repetição, pode se solicitar exames de marcadores desta glândula.

Na suspeita de lesões ósseas, como avulsões, os exames radiográficos podem ser úteis.

A Ultrassonografia, a Tomografia e a Ressonância Magnética também podem ser consideradas para auxiliar no diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte.

Tratamento

A imobilização do músculo após a lesão, como em qualquer outro tecido, pode levar a atrofia e portanto deve ser evitada. A perda de massa muscular ocorre rapidamente e depois tende a estabilizar e a perda de força ocorre simultaneamente. A resistência à fadiga diminui rapidamente.

Já a mobilização precoce aumenta a resistência das fibras à tensão, melhora a orientação das fibras e mantém uma adequada vascularização do músculo, evitando a atrofia muscular.

Deve-se instituir de imediato a aplicação de gelo local, repouso relativo e medicações anti-inflamatórias. Após dois a três dias inicia-se então o tratamento fisioterápico, com ênfase na mobilidade e fortalecimento muscular e melhoria da resistência. A seguir trabalha-se a propriocepção e o condicionamento geral do atleta, inclusive aeróbico e o retorno gradativo às atividades, com liberação completa ao esporte quando o atleta se encontrar nas mesmas condições pré-lesão e sentir segurança para retornar.

Para o retorno do atleta à atividade, este deve possuir uma amplitude de movimento articular normal, estar completamente sem dor, edema ou derrame, com uma força muscular de no máximo 20% da normal e condicionamento cardio-respiratório normal.

PROGRAMAS PERSONALIZADOS DE TREINAMENTO FUNCIONAL VIRAM TENDÊNCIA

O conceito do treino funcional é uma preparação física com o objetivo de aprimorar os movimentos dos praticantes. O treino é a melhor alternativa para gerar saúde e bem-estar, ganhar massa muscular, perder peso, obter performance, ficar mais disposto nas atividades, de maneira mais específica e eficiente. “Durante dois anos fiz visitas em mais de 400 academias analisando tanto as pessoas que lidavam com treinamento funcional e personal trainer, quanto as que investiam apenas em musculação, sem foco na ginástica. Descobri que a grande procura é pela metodologia funcional e que estamos vivendo em um novo mercado”, afirma Claudio Tonon, gestor do espaço Mais Vida Saúde e Lazer, em Araras, e treinador PRO da Body Systems Latin America.

A solução de muitas academias para oferecer um produto diferenciado no novo mercado são os programas personalizados de treinamento funcional. Os programas visam à construção do corpo de maneira a aprimorar a capacidade física. A Academia Triathon, localizada em São Paulo e com mais de 2.500 alunos, aperfeiçoou seu método de trabalho com o PET – Programa de Exercícios Triathon. O programa, desenvolvido pela equipe de professores da academia, sob a supervisão técnica do Professor Mauro Guiselini, mestre em Educação Física – é um programa de orientação individualizada, customizado de acordo com as necessidades e ansiedades de cada aluno. "A proposta do PET é que o aluno alcance suas metas de maneira equilibrada e consciente, visando à construção do corpo e a uma melhora global”, ressalta Patricia Pirozzi, diretora executiva da Academia Triathon, acrescentando que “ele aprende a obter resultados através do desenvolvimento e aprimoramento equilibrado das capacidades físicas: resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, velocidade, agilidade, potência, coordenação, equilíbrio, precisão”.

Treinamento funcional é mais eficaz que musculação


treinamento funcional está sendo introduzido nas academias e conquista cada vez mais gestores, professores e alunos com uma forma divertida, lúdica e dinâmica de treinar. “OTreinamento funcional é presente, já está 12 anos no mercado, a gente que às vezes vive no passado. As variedades de movimentos é o que mais intensifica a procura pelo treino, já que é voltado para o bem-estar, para a estética, para atletas, entre outros”, afirma Tonon. No método, o peso do próprio corpo é o principal equipamento. Existem alguns acessórios que são utilizados nas aulas e que auxiliam no aprimoramento dos movimentos do indivíduo, como elásticos, bolas e discos de equilíbrio. Além dos acessórios clássicos, há circuitos em que o aluno corre, pula em camas elásticas, salta obstáculos, desvia de cones, entre outras atividades aeróbicas. “O treinamento funcional está virando uma grande tendência e o principal motivo é a experiência de treino fornecida ao aluno. Os alunos se interessam cada vez mais, pois consideram o treinamento funcional mais maleável e divertido que o treino tradicional”, afirma Luciano D’Elia, criador do Core 360º e precursor do treinamento funcional no Brasil.

Os alunos de treinamento funcional estão propícios a terem um corpo mais equilibrado, forte e veloz dos que os praticantes de musculação. Os padrões de movimentos do treino funcionalenvolvem muito mais músculos que uma série de musculação. Os treinamentos funcionaismovimentam grande parte do corpo de forma integrada, enquanto a musculação trabalha algumas partes isoladamente. “No treinamento tradicional, o aluno ganha força, porém pouca ou nenhuma agilidade e flexibilidade. Ele pode até atingir seu objetivo, porém tem o condicionamento físico comprometido”, explica Patricia Pirozzi.

Capacitação dos professores em Treinamento Funcional


A gestão de um treinamento funcional precisa ser diferente já que é uma ferramenta que trabalha com os mais diferentes perfis de alunos, sendo eles, crianças, idosos, atletas amadores, entre outros. Ao contrário dos programas de padronização de aulas, que limitam a criatividade dos profissionais de Educação Física, é necessário explorar diversos movimentos e atividades quando se trata de um treino funcional. O ideal são cursos de capacitação, que “inclui técnicas de avaliação e de prescrição dos exercícios corretivos”, diz explica Mauro Guiselini, diretor do Instituto Mauro Guiselini e criador do M.E.T. - Multifuncional Exercise Training.