segunda-feira, 8 de novembro de 2010
NOVA YORK QUER IMPEDIR COMPRA DE REFRIGERANTE COM VALE-REFEIÇÃO PÚBLICO
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o governador do Estado, David Paterson, propuseram ao governo federal proibir a compra de refrigerante e bebidas adoçadas com os vales-refeição entregues como subsídio para a população carente do país. O veto teria duração de dois anos.
São cerca de 1,7 milhão de pessoas que recebem o benefício nacional chamado Programa Assistencial de Suplementação Nutrional, ou SNAP. Bloomberg afirmou que a obesidade nas classes mais baixas atingiu níveis críticos e se referiu às bebidas adoçadas como chás gelados, refrigerantes e bebidas esportivas como “o maior contribuinte para a epidemia de obesidade”.
“A iniciativa irá permitir às famílias de Nova York gastar mais dinheiro em alimentos e bebidas que sejam realmente nutritivos”, disse o prefeito em comunicado. “Além de ir contra a proposta vital do programa, a venda de bebidas adoçadas ainda estimula uma séria epidemia de saúde pública”.
Segundo dados da prefeitura, nos bairros onde vive a maioria dos beneficiários do vale-refeição, de 32 a 45% dos moradores bebem mais de uma bebida adoçada por dia.
As famílias mais pobres apresentam maior obesidade (30%) se comparadas com as mais ricas (17%), além de terem mais doenças decorrentes do excesso de peso, como o diabetes tipo 2: são 14% versus 7%, respectivamente.
As doenças relacionadas com o excesso de peso custam ao estado cerca de US$ 8 bilhões, US$ 770 por família em custos médicos ao ano. Mais da metade dos adultos (57%) da cidade estão acima do peso e o diabetes causa mais de 22 mil hospitalizações anualmente.
A cidade de Nova York é pioneira em lançar iniciativas saudáveis como banir a gordura trans em restaurantes e exigir a quantidade de caloria dos alimentos no cardápio.
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