terça-feira, 7 de junho de 2011
ENTORSE DE TORNOZELO
Em busca de uma melhor qualidade de vida é cada vez mais comum individuos sedentários iniciarem um programa de atividade física sem qualquer orientação de um profissional especializado. Esta procura vem acompanhada, muitas vezes, de um treinamento inadequado, sem adaptações orgânicas necessárias para o sucesso da mesma. Como consequencia notamos um grande índice de lesões relacionadas ao esporte, como a corrida por exemplo. Dentre elas destaca-se as lesões musculares e articulares, como distensões e entorses.
Estudos e esforços vem sendo realizados para diminuir este grande índice de lesões, e o fisioterapeuta, como profissional da área de saúde aparece não apenas na reabilitação e tratamento das injúrias, mas também na prevenção, para que menos lesões venham a aparecer e prejudicar a qualidade e desempenho dos praticantes.
O entorse de tornozelo é uma lesão considerada comum no meio desportivo, porém evitável. É definido como sendo uma lesão ligamentar, onde no momento do impacto, ao girar o pé rapidamente para dentro (por inversão) ou para fora (por eversão) os ligamentos não conseguem se contrair com rapidez para amortecer o impacto, causando a lesão. O entorse por inversão é disparado o mais comum, sendo que acomete 3 ligamentos laterais: talofibular anterior, calcaneofibular e talofibular posterior. O entorse por eversão é menos comum e acomete o ligamento deltóide.
Dependendo da intensidade do trauma pode ter 3 diferentes classificações:
- Grau I: há algum estiramento e talvez ruptura das fibras ligamentares do tornozelo, com pouca ou nenhuma instabilidade, leve dor e pouco edema;
- Grau II: algumas fibras ligamentares são rompidas parcialmente, com dor, edema e rigidez articular;
- Grau III: ocorre a ruptura total do ligamento, com instabilidade articular, dor severa, com grande edema tornando a articulação muito rígida.
Durante a fase inicial de tratamento alguns objetivos são muito claros: contolar o edema (com auxilio da crioterapia-gelo), compressão com uma bandagem elastica, elevação dos membros inferiores nas primeiras 48 horas e repouso para diminuir o processo inflamatório.
Na continuação do tratamento inicia-se o trabalho individual com o fisioterapeuta, onde será destacada a realização dos exercícios isométricos de planti e dorsi-flexão do tornozelo, inversão e eversão do pé e a proproicepção.
De acordo com a progressão do organismo em resposta a lesão, os exercícios irão do mais simples ao mais complexo. Vale a pena lembrar que um trabalho de reabilitação incorreto ou parcial resultará diretamente em reincidencia da lesão. Consequentemente se o retorno à pratica esportiva for bem orientado e tolerado, sem estressar o ligamento lesionado, seu retorno será com certeza bem sucedido.
Por isso, se realizar um entorse de tornozelo quando estiver correndo ou de outra maneira qualquer, respeite seu limite e inicie precocemente um trabalho de reabilitação com seu fisioterapeuta!
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