terça-feira, 8 de novembro de 2011

PLANTAS QUE EMAGRECEM


Chás, extratos de ervas, suplementos naturais... Eles estão na boca do povo e, de tempos em tempos, ganham inclusive garotas-propaganda entre as celebridades que exibem suas curvas na televisão. A impressão é que nem as plantas escapam do ritmo cíclico da moda. Não à toa, quem quer — ou precisa — perder peso costuma se dividir quando uma nova espécie está em evidência: uns a recebem com desconfiança, outros a acolhem como a fórmula secreta para vencer a contenda contra a balança. A verdade é que dá para ficar facilmente perdido diante de inúmeras promessas, na maioria das vezes rejeitadas pelos médicos.

A ciência, porém, não pode desprezar o potencial de certas plantas para integrar uma das frentes de combate à epidemia de obesidade. Embora não sejam a panaceia em matéria de perda de peso, alguns fitoterápicos já passam por testes rigorosos e demonstram seus bons efeitos. Não substituem mudanças de hábito nem, em alguns casos, outros remédios, mas sua ajuda pode ser bem-vinda na hora de afinar o corpo.

Que o diga o popular chá verde. Já existiam indícios de sua capacidade de eliminar gordura e, agora, um estudo brasileiro comprova seus préstimos em seres humanos com quilos a mais. A bebida feita com a planta Camellia sinensis foi alvo de uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, no interior paulista. A educadora física Gabrielle Aparecida Cardoso recrutou mulheres com sobrepeso ou obesidade leve, todas entre 20 e 40 anos. Elas foram divididas em quatro grupos. O primeiro tomava o chá gelado (10 gramas do pó) de manhã e à tarde. O segundo ingeria um preparo falso, o placebo. O terceiro consumia a infusão geladinha dez minutos antes de fazer musculação. E o quarto tomava a bebida fajuta antes de malhar.

"Ao compararmos os dois primeiros grupos, notamos que apenas as participantes que tomaram o chá emagreceram", conta Gabrielle. "Já entre as mulheres que se exercitaram, observamos que ambos os grupos perderam peso. Mas a redução de gordura corporal foi três vezes maior entre as voluntárias que consumiam a bebida", relata. Os dados obtidos mostram que a planta ajuda a esvaziar os redutos gordurosos, diminuir a circunferência abdominal e ainda ganhar massa muscular, dando um gás para a prática de atividade física.

O poder do chá verde parece residir sobre substâncias chamadas catequinas. "Elas inibem uma enzima que atrapalha um mecanismo de queima de gordura e, ainda, elevam o gasto energético do corpo", explica Gabrielle. Aliás, de acordo com a pesquisa, ingerir a infusão em temperatura fria teria a vantagem de torrar mais calorias. "A bebida melhora a disposição, o que incentiva o indivíduo a se mexer e, assim, emagrecer", avalia a pesquisadora.

Outro fitoterápico visitou as bancadas de laboratório depois de começar a fazer sucesso na mídia. Trata-se da pholia negra, um extrato de plantas do gênero Ilex, do qual faz parte, por exemplo, a famosa erva-mate. Suas cápsulas foram submetidas ao crivo científico em um estudo com ratos coordenado pela bióloga Maria Martha Bernardi na Universidade de São Paulo. "Dividimos os animais com sobrepeso em três grupos: o primeiro só comeu uma ração convencional, o segundo ganhou também a pholia negra e o terceiro recebeu sibutramina, remédio usado para controlar o apetite", conta a especialista em farmacologia. Após um mês, os investigadores repararam que a perda de peso foi similar nos dois últimos grupos: os ratinhos se livraram, em média, de 10% da sua massa corporal.

"Diferentemente da sibutramina, que age no sistema nervoso central, a pholia negra desacelera a atividade do estômago, fazendo com que a comida fique mais tempo lá dentro", explica Maria Martha. Dessa forma, o fitoterápico conseguiria deixar a pessoa saciada por um período maior.

Enquanto aguardamos pesquisas que avaliem o desempenho do extrato em seres humanos, vale voltar os olhos para o Oriente, de onde vem a maioria das últimas fórmulas naturais antiobesidade que chegaram ao país. É o caso das cápsulas do óleo de cártamo, cultuado há anos em países asiáticos. O suplemento, extraído das sementes dessa planta, costuma surtir efeito após seis meses — ele deve ser ingerido antes das refeições. "Seus ácidos graxos essenciais aumentam a oferta de leptina, o hormônio da saciedade", explica a nutricionista Stefania Valente da Silva, do laboratório Herbarium, um dos fabricantes do produto.

O óleo de cártamo tem ainda outro mecanismo de ação: ele ativa o tecido adiposo marrom, reserva que, de maneira diversa da famigerada gordura branca, eleva a temperatura corpórea e faz queimar calorias. "Só que o organismo gasta a energia estocada na gordura branca", diz Stefania. Da Ásia vem outro reforço pró-saciedade. O laboratório Galena trouxe para o Brasil um suplemento à base de pinho coreano, disponível na forma de sachês em farmáciasde manipulação. O óleo da planta tem uma substância que estimula a liberação de hormônios que dão sensação de barriga cheia. Quer mais? Destaque recente, a indiana Mucuna pruriens ainda está sob investigação, mas parece atuar em uma via alternativa. "Trabalhos mostram que ela eleva os níveis de um neurotransmissor ligado ao prazer, o que ajudaria a diminuir a compulsão alimentar", diz a nutricionista Andréia Naves, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, em São Paulo.

Apesar de tantas opções e expectativas, Há especialistas que continuam vendo as plantas com reservas. "Ainda faltam estudos em larga escala e dados de eficácia e segurança", diz o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Do outro lado, pesquisadores querem explorar ainda mais o potencial da flora brasileira. "Estamos testando mais de 2 mil plantas amazônicas e é provável que algumas delas tenham efeito contra o excesso de peso", conta Martha, que hoje atua na Universidade Paulista. Se a natureza oferece ajuda — e a ciência aprova —, não custa aceitar.

Consulte o especialista

Um recado a todos que desejam emagrecer com o auxílio de um fitoterápico: nunca saia por aí ingerindo um produto sem a indicação e a orientação de um médico ou de um nutricionista. Lembre-se de que, em dosagens equivocadas ou misturados a remédios, os compostos das plantas podem expor o organismo a uma série de riscos, inclusive fatais. Outro aviso: jamais substitua um medicamento por uma erva com a pretensão de obter o mesmo efeito. Também não vá atrás dos conselhos dados por amigos: o que ajudou no caso deles pode ser mal tolerado pelo seu corpo. E, sempre que for ao médico, não esconda dele que faz uso de um produto à base de plantas.

Efeito sobre a ansiedade

Algumas plantas apresentam propriedades calmantes, caso da melissa e da passiflora, e, assim, em tese, poderiam ajudar algumas pessoas a suprimir aquela vontade louca de comer para aplacar os ânimos. Contudo, faltam estudos que legitimem sua eficiência no controle do apetite e do peso.

Atenção à procedência

Existem diversas versões e marcas de fitoterápicos disponíveis no mercado, a maioria com venda livre. Por isso, fique de olho nos rótulos e dê preferência a produtos fabricados por laboratórios e com selo de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

O PERIGO DOS EXERCÍCIOS IRREGULARES


Não resta dúvida por estar bem estabelecido pela ciência que exercícios regulares melhoram quase tudo na vida da gente. Se olharmos o leque da maioria das doenças conhecidas, entre as recomendações para evitá-las está a atividade física regular profissionalmente orientada.

O grande problema acontece com as pessoas que estão eternamente recomeçando. Ou seja, uma semana faz muito, na outra não faz nada. Ou então só faz no fim de semana, caso típico das peladinhas de domingo. Essas então são as principais causas de afastamento do trabalho em virtude de pequenas lesões articulares e/ou musculares. Os departamentos médicos das empresas recebem número maior de lesionados nas segundas-feiras por isso.


Seria o futebol? Claro que não. Não há problema nenhum na atividade em si. O problema se resume que não tendo uma regularidade o sujeito além de não se preocupar com a melhora do desempenho em nível cardiovascular e muscular o sujeito se machuca por não estar desenvolvendo também a agilidade, a flexibilidade e os reflexos evitando contatos físicos desnecessários em certas disputas de bola. Além disso, o futebol tem características de piques de velocidade em arrancadas rumo ao gol ou nas defesas de contra-ataque, fato que sobrecarrega o sistema cardiovascular especialmente num sujeito não preparado e pior ainda se estiver acima do peso o que não é difícil encontrarmos nessas peladas de fim de semana.


Algo parecido também acontece com os frequentadores de academia querendo emagrecer e/ou ficar forte de uma hora para outra em pouco tempo. Não vendo resultado esperado desistem e recomeçam sempre com desculpas.

Quando o corpo é submetido a uma carga qualquer de exercícios ocorre um processo de adaptação lenta, gradual e progressiva, desde que a carga seja compatível com o desempenho atual. Ninguém corre uma maratona de improviso e ninguém levanta uma carga pesada sem estar preparado para isso. É preciso lembrar que o coração também é um grande músculo sujeito às adaptações graduais às cargas de exercícios. O sujeito que vai numa academia, submete seu corpo a uma carga mais forte, libera na circulação sanguínea quantidades maiores de hormônios entre eles a adrenalina, que tem numerosos efeitos circulatórios e metabólicos visando proteção, mas em quantidades maiores aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca a níveis não desejados de estresse agudo podendo levar desde um mal estar até à morte por conta de um infarto do músculo cardíaco miocárdio.

Isso pode ser mais crítico se o sujeito tiver um histórico familiar de doenças cardíacas, for diabético, mais velho ou fumante. Os jovens não estão livres e a diferença é que pode inclusive ser mais sério levando à morte fulminante, pois o coração jovem ainda não tem a proteção da circulação alternativa em caso de obstrução numa artéria importante. Ou seja, como em tese o músculo do coração jovem é mais duro, por assim dizer, no caso de obstrução de artéria ela pode se romper porque o sangue não encontra outra passagem. No coração mais velho o sangue pode encontrar passagem nessa circulação alternativa porque o músculo já não é tão forte como do jovem e essa circulação colateral encontra-se por entre a massa cardíaca. Ela existe, só não é desenvolvida no jovem. Não é raro pessoas mais velhas infartadas serem socorridas a tempo por causa dessa circulação enquanto jovens podem morrer em infarto fulminante fazendo exercício que não estava preparado.


As mulheres mais jovens têm proteção extra que são os hormônios do grupo estrógenos razão pela qual o índice de infarto em mulheres abaixo de 45 anos é menor. Por ocasião da chegada da menopausa quando a quantidade desses hormônios diminui, a possibilidade de problemas cardíacos se iguala ao do homem.

O exercício físico regular é o que garante o bom funcionamento do coração de homens e mulheres de qualquer idade por fora e por dentro. Por fora melhorando e desobstruindo a circulação sanguínea tornando-a mais eficiente. Por dentro aumentando as câmaras cardíacas diminuindo a necessidade de o coração bater tantas vezes por minuto para um determinado esforço. Isso vale tanto para exercícios aeróbios quanto anaeróbios. Ou seja, para caminhada, corrida, natação e corrida curta rápida, como do futebol citado ou musculação. Portanto, mexa-se sempre!

EXERCÍCIOS AERÓBICOS


Aeróbico literalmente significa "com oxigênio", e refere-se ao uso de oxigênio no processo de geração de energia dos músculos. Exercícios aeróbicos incluem qualquer tipo de exercício feito em níveis moderados de intensidade, por períodos estendidos de tempo, que mantém a frequência cardíaca aumentada.


No exercício aeróbico, oxigênio é usado para "queimar" gordura e glicose a fim de produzir adenosina trifosfato, o transportador básico de energia para as células. Inicialmente durante o exercício aeróbico, glicogênio é quebrado para produzir glicose, mas na sua ausência, metabolismo de gordura é iniciado. O processo de metabolismo de gordura é mais lento e acompanhado por declínio no nível de performance. A troca para a gordura como principal fonte de energia é a principal causa do que é chamado "muro da maratona".


Há vários tipos de exercícios aeróbicos. Em geral, exercício aeróbico é aquele feito em nível de intensidade moderadamente alto por longo período de tempo. Por exemplo, correr uma distância longa em ritmo moderado é um exercício aeróbico, porém dar uma arrancada de 100 metros não é.

Entre os benefícios para a saúde de fazer regularmente exercícios aeróbicos estão:
* Fortalecimento dos músculos envolvidos na respiração.
* Fortalecimento e aumento do músculo cardíaco.
* Tonificarão da musculatura.
* Diminuição da pressão arterial.
* Elevação do número de células vermelhas do sangue.
* Melhoria da circulação sanguínea.
* Elevação das reservas de energia nos músculos, o que aumenta a resistência.
* Aumento do fluxo sanguíneo nos músculos.


Como resultado desses benefícios, exercícios aeróbicos podem reduzir o risco de morte decorrente de problemas cardiovasculares. Adicionalmente, atividades aeróbicas de alto impacto, como a corrida, podem estimular o crescimento ósseo, assim como reduzir o risco de osteoporose.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PITADAS SEGURAS DE SAL


Estudo recente reacende a polêmica de até que ponto o sal faz mal à saúde


Ainda que a dieta ideal para prevenir a hipertensão vá além da redução de sal, não tem jeito: é no condimento que a maioria das pessoas pensa quando se fala na doença que coloca o coração e outros órgãos vitais em risco. E a relação imediata é compreensível. Afinal, nos últimos tempos não faltaram estudos e alertas para reforçar o perigo que o sódio, componente mais famoso do tempero, representa para as artérias. Publicada recentemente na conceituada revista Journal of the American Medical Association, uma pesquisa belga atraiu todas as atenções justamente por ir na contramão afirmando que não há motivos para fazer campanha tão fervorosa contra o mineral.

De acordo com o trabalho, que acompanhou 3 681 voluntários de meia-idade por aproximadamente oito anos, além de não proteger contra o desenvolvimento da pressão alta, o baixo consumo de sódio ainda torna as pessoas mais suscetíveis a doenças cardiovasculares. Contrassenso, a constatação reacendeu o debate sobre a relação entre o uso do saleiro e as mazelas do coração. "Os indivíduos avaliados no estudo eram jovens, predominantemente brancos e sem sobrepeso. Por isso, é possível imaginar que os resultados valem para esse grupo, mas não para a população em geral", comenta Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Ora, já se sabe que negros, obesos e idosos são mais sensíveis ao consumo do sal."

Já para Frida Plavnik, nefrologista e conselheira da Sociedade Brasileira de Hipertensão, há outro ponto desfavorável à pesquisa: não dá para garantir que a coleta de urina para verificar o nível de sódio excretado pelos participantes foi feita adequadamente. "Essa não é a primeira vez que cientistas chegam à conclusão de que o sal não interfere no aumento da pressão. Mas os trabalhos que mostram o contrário são mais evidentes."

Apesar de concordar que a investigação belga tem pontos falhos, o cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração, o Incor, em São Paulo, diz que ela é importante: "Isso porque mostra que em determinadas populações o sal não aumenta o risco de problemas cardiovasculares". O xis da questão — e aí fazem coro os especialistas — é que não dá para definir quem é mais sensível ou resistente aos seus efeitos sobre a pressão. "Por isso a recomendação da Organização Mundial da Saúde que prevê um consumo de até 5 gramas diários deve prevalecer", avisa Frida.
Para obedecê-la, não é preciso excluir o sal da dieta. Até porque fazer uma restrição total de sódio, de fato, pode trazer mais prejuízos do que vantagens. "Trata-se de um nutriente importante que participa de diversas funções no organismo, entre elas garantir o funcionamento adequado das membranas celulares e dos nervos", explica Camila Marcucci Gracia, nutricionista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. O excesso, ele sim, confirma Camila, é o vilão da história.

E, no quesito excesso de sal à mesa, infelizmente o brasileiro tem se destacado. A gente consome cerca de 12 gramas do condimento todo santo dia, ou seja, quase 2,5 vezes mais do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde, a OMS. Quando muito sódio passeia pelo corpo, um dos primeiros efeitos é a retenção de água e, de quebra, um aumento no volume de sangue circulante. As artérias não estão acostumadas a abrir passagem para tanto líquido. Eis por que a pressão exercida na parede dos vasos é intensa (veja o infográfico ao lado). Para piorar, o excesso de mineral também contribui para a constrição desses vasos, reduzindo seu espaço interno. "Com o tempo, a pressão alta pode danificar as artérias de órgãos vitais, como coração, cérebro e rins. Daí, cresce o risco de infarto, derrame e insuficiência renal crônica", explica o nutrólogo Paulo Henkin, da Associação Brasileira de Nutrologia, a Abran.

Para ter ideia de como a situação é séria, o cardiologista Carlos Alberto Machado calcula que, se passássemos a ingerir 5 gramas de sal, o equivalente a 2 gramas de sódio, conseguiríamos reduzir em 15% o número de mortes por derrame e em 10% as por infarto. Além disso, por volta de 1,5 milhão de pessoas ficariam livres de medicamentos para controlar o sobe e desce da pressão. E tem mais: os hipertensos ganhariam quatro anos na expectativa de vida.

Novos riscos para a Saúde

Se não bastassem os motivos para o peito, há outros que reforçam a necessidade de usar o sal com moderação. "Há evidências de que a ingestão exagerada de sódio pode causar pedras nos rins, piorar a resistência ao hormônio insulina, um fator de risco para o diabete do tipo 2, e também contribuir para o surgimento de problemas estomacais, como gastrite e úlcera", diz a nefrologista Frida Plavnik. Por falar em estômago, é válido lembrar que um estudo sul-coreano publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition mostrou que uma dieta salgada além da conta está relacionada a um aumento de 10% nos casos de câncer nesse órgão. A conclusão veio à tona após os pesquisadores levantarem dados sobre a alimentação e o estilo de vida de mais de 2 milhões de adultos e submetê-los a exames completos durante um ano. Os mecanismos para explicar esse elo ainda não foram esclarecidos, mas o recado é claro: melhor não abusar.

"Em tese não precisaríamos adicionar sal à comida, porque a quantidade de sódio encontrada naturalmente nos alimentos como frutas, verduras, legumes e carnes já é suficiente para cobrir as necessidades do corpo", conta Henkin. Mas, como nosso paladar está muito habituado ao condimento, o conselho dos especialistas é encarar a redução como um processo. "Não dá para diminuir o consumo em 50% do dia para a noite", reconhece Frida. Para dar o pontapé inicial, uma boa é recorrer à ponta dos dedos, a famosa pitada, para salgar as refeições, uma vez que o saleiro nos deixa mais propensos ao exagero. E atenção: faça isso só depois que o prato estiver pronto. "O ideal, especialmente para os hipertensos, é cozinhar tudo sem sal. Dessa forma, é possível controlar com precisão a quantidade usada durante o dia", ensina Luiz Aparecido Bortolotto, do Incor.

Optar por alternativas como alho, cebola, pimenta e alecrim é um caminho apontado pela nutricionista Camila Marcucci Gracia para satisfazer o paladar sem comprometer as artérias. Ela ressalta, no entanto, que não adianta apenas monitorar o pacote de sal: é preciso ficar de olho nos alimentos industrializados, sabidamente lotados de sódio. "Modere o consumo de bolachas, biscoitos, produtos congelados, embutidos e evite temperos prontos", orienta Camila. Assim, com pequenos ajustes, dá para blindar o corpo contra uma série de males sem perder o sabor e o prazer de cada garfada.

Resistentes versus sensíveis

Estudiosos das Universidades Case Western e Ken State, nos Estados Unidos, revelaram por que a sensibilidade ao sal varia de pessoa para pessoa. É que o tempero afeta a capacidade do sistema cardiovascular de equilibrar a pressão e a temperatura do corpo ao mesmo tempo. Nos sensíveis, a temperatura é controlada com eficiência, mas a pressão sobe. Já nos resistentes ocorre o oposto. "Provavelmente esses mecanismos são determinados geneticamente, sofrendo influência da idade e da composição corporal", diz o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Composto de menos sódio e mais potássio, o sal light é uma boa opção para quem não tem problemas renais e quer proteger as artérias. Só não vale abusar!

Excesso de iodo?

Para evitar o retardo mental entre as crianças e erradicar o bócio, foi publicada, em 1953, a primeira lei brasileira que estipulava a adição de iodo ao sal — hoje, são encontrados de 20 a 60 miligramas do nutriente a cada quilo do condimento. Mas, devido ao uso abusivo do saleiro, surgiu outra questão: o consumo excessivo de iodo e a maior incidência de uma doença autoimune chamada tireoidite de Hashimoto. Para driblar a encrenca, o governo federal defende um valor entre 15 e 45 miligramas. "Mas a medida pode prejudicar quem consegue maneirar no tempero, sobretudo quando o organismo precisa de maior aporte de iodo, como na gravidez", critica a endocrinologista Laura Ward, de São Paulo.

MILAGRES PARA EMAGRECER


Você é uma das milhões de pessoas que entrará em dieta esse ano? Se for, poderia achar tentadores os anúncios de produtos prometendo métodos fáceis e rápidos de emagrecer. Porém, você deve saber que, quando se trata de emagrecimento, as propagandas milagrosas geralmente não cumprem suas promessas.


Enquanto algumas pessoas que fizeram dieta para emagrecer tiveram sucesso em perder peso, provavelmente somente 5% não irão engordar novamente a longo prazo. A maioria dos especialistas concorda que a melhor forma de emagrecer é ingerir menos calorias e queimar mais energia ao aumentar a atividade física. Especialistas sugerem buscar uma meta de perda de peso de 450 gramas por semana. Isso geralmente significa cortar em torno de 500 calorias diárias da sua dieta, ter uma alimentação saudável com pouca gordura, encontrar uma atividade física que goste, e perseverar com isso.

Quando se trata de avaliar as promessas dos produtos para emagrecimento, o Federal Trade Commission (órgão americano que age sobre questões do direito do consumidor) recomenda uma porção sadia de ceticismo.

Antes de gastar dinheiro em produtos ou programas que prometem emagrecimento rápido ou fácil, pese as promessas e leve em consideração essas dicas:

"Perca 15 kg em apenas 30 dias." Como regra, quanto mais rápido você emagrece, mais susceptível estará de recuperar o peso perdido. Além disso, perda de peso rápida pode fazer mal à sua saúde. A menos que seu medico o aconselhe a isso, não procure programas que prometem perda de peso rápida.

"Emagreça tudo que puder por somente R$ 99,99." Alguns programas para emagrecimento têm custos ocultos. Por exemplo, alguns não anunciam o fato que você deve comprar suas refeições que custam mais do que o preço do programa. Antes de ingressar em qualquer programa para emagrecimento, pergunte por todos os custos e anote-os por escrito.

"Emagreça dormindo." Afirmações de produtos de dieta e programas que prometem emagrecimento sem esforço são falsas.

"Emagreça e não recupere o peso perdido." Seja cético em relação a produtos prometendo emagrecimento de longo prazo ou permanente. Para perder peso e não engordar novamente, você precisa mudar seus hábitos alimentares e de atividade física.

"Joana da Silva perdeu 40 kg em 6 semana." Não seja enganado pelos testemunhos de emagrecimento de outras pessoas. Mesmo que eles sejam verdadeiros, o sucesso de outras pessoas pode ter pouca relação com suas próprias chances de sucesso.

"Descoberta científica... Milagre médico." Não há milagres nos produtos para emagrecimento. Para emagrecer, você tem que reduzir sua ingestão de calorias e aumentar sua atividade física. Fique cético em relação a promessas exageradas.

ATIVIDADE FÍSICA NA GRAVIDEZ


Antigamente, os médicos desaconselhavam a prática de atividade física em gestantes por achar que poderia ser prejudicial para a saúde da mãe e do feto. Somente em meados dos anos 90, que o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) reconheceu que a prática da atividade física regular no período gestacional deveria ser desenvolvida desde que a gestante apresentasse condições apropriadas.

O período gestacional é único, na qual a mulher grávida apresenta mudanças físicas, fisiológicas e psicológicas que devem ser consideradas para que essa fase ocorra da maneira mais saudável e tranquila possível.




Especificidades da gravidez

O conhecimento das modificações físicas e fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher durante esse período é de vital importância para que se possa escolher o exercício e saber quais cuidados devem ser tomados para que não ocorram lesões ortopédicas e musculares, desconfortos para a gestante e não prejudicar o desenvolvimento fetal.

A partir da décima semana, ocorre um aumento do volume plasmático. Essa alteração amplia o fluxo cardíaco e volume sistólico, causando, no sexto mês, um aumento da freqüência cardíaca de até 15 BPM. Esse aumento na FC que pode vir acompanhada de batimentos irregulares, podendo ser necessário em algumas mulheres supervisão durante o exercício.

A bexiga começa a ficar pressionada entre o segundo e terceiro trimestre, devido à acomodação do feto na região pélvica. Como a bexiga apresenta menor volume, a gestante tem a necessidade constante de urinar. A gestante deve sempre urinar sempre que tiver vontade para evitar infecções na bexiga.

Outro fator importante a ser considerado durante a gravidez é a ocorrência da hiperlordose. Essa alteração na postura da mulher é causada pela ação da relaxina, um hormônio que inibe a atividade uterina e que provoca também hiper-relaxamento ligamentar e articular. Pode surgir hérnia de disco e dores nas costas por conta do excessivo esforço das fáscias musculares, sendo, portanto, um fator negativo ficar por longo tempo em pé em posição fixa ou carregar pesos.

Os níveis glicêmicos da gestante devem ser monitorados, para que não ocorra uma condição típica da grávida: a diabetes tipo II. A resistência a insulina trás como conseqüência o aumento de peso do bebê além de outros males para a saúde da gestante. Exercícios físicos podem prevenir o problema.


Tipos de atividade física

Os exercícios para gestante devem incluir a combinação de atividades aeróbias envolvendo grandes grupamentos musculares e atividades que desenvolvam a força de determinados músculos. Acredita-se que uma musculatura abdominal forte possa ajudar no processo de expulsão da criança. A força muscular dos membros superiores é também muito importante para, após o nascimento, carregar o bebê que aumenta cada vez mais o seu peso.

A escolha de um programa de exercícios dependerá das preferências da mulher e dos recursos disponíveis. Mas para mulher grávida existe uma série de atividades físicas convenientes e benéficas pelo baixo risco a saúde, outras de risco médio que só poderão ser realizadas tomando certas precauções e outras que definitivamente são totalmente contra-indicadas. É indicado o início dessas atividades após o terceiro mês de gravidez, para evitar possíveis más formações fetais.




Atividades de Baixo risco

Exercícios de baixo risco são indicados para mulheres previamente sedentárias que estão iniciando o programa de exercício durante a gravidez. Elas podem ser realizadas de 2 a 3x por semana com duração de até 60 minutos.

A hidroginástica e a natação apresentam como benefícios um menor estresse articular, além de ter efeito diurético, devido ao aumento da pressão hidrostática, que tem entre os efeitos o aumento da ação renal. A grávida deve evitar fases anaeróbicas (períodos de curta duração e alta intensidade), a exaustão e a fadiga, manter sempre a hidratação, mesmo sem sentir sede e verificar se o ambiente está com a temperatura do ar e da água ideal para a prática.

Já a caminhada é um exercício simples, que melhora a capacidade cardiorrespiratória e tem um menor impacto articular que a corrida. Os cuidados devem incluir a escolha do terreno, evitando caminhar sobre terrenos irregulares, manter a hidratação, bebendo água e intervalos regulares, evitar altas temperaturas e roupas quentes e pesadas e utilizar calçados de boa qualidade, com bom amortecimento.

A mulher já habituada a correr antes da gravidez pode continuar seu programa modificando a intensidade e velocidade à medida que a gestação avança


Atividades de Médio Risco

Neste grupo estão incluídas atividades como a ginástica aeróbica, musculação, os esportes de raquete (tênis, squash) e esquiar ou patinar.

Para a prática da ginástica aeróbica de baixo impacto, a grávida deve ser previamente condicionada, e deve evitar exercícios de hiper-extensão e atividades em posição de costas, procurar manter a hidratação e evitar ambientes sem ventilação adequada.

Já a musculação deve ser vista com cautela. Seus benefícios são muitos, entre eles citamos a melhoria da postura, evitando a lombalgia, os ganhos de força dos membros superiores e a melhoria da força dos membros inferiores, necessária para sustentação do peso corporal sem ocorrer fadiga. Mas deve-se evitar cargas intensas, mesmo para as condicionadas previamente, não prender a respiração durante a execução do exercício (manobra de Valsava), ter cuidado constante com a postura, hidratar-se corretamente e evitar ambientes sem ventilação adequada.

Nos esportes de raquete a intensidade deve diminuir com o progresso da gestação. Esquiar ou patinar não devem ser indicadas para iniciantes e nas atletas deve ser evitada a competição. Outro cuidado importante consiste em ao efetuar os alongamentos após os exercícios não exagerar na amplitude de movimento, pois como as articulações e ligamentos encontram-se relaxados, há o risco de lesões musculares e ligamentares.


Atividades de alto risco

As atividades consideradas de alto risco devem ser monitoradas pelo médico ou evitadas nesse período, pelo risco físico e sobrecarga cardiovascular.
A gestante deve evitar qualquer atividade competitiva, artes marciais ou levantamento de peso; flexão ou extensão profunda, pois a frouxidão dos tecidos conjuntivos pode acarretar lesões ligamentares; exercícios com movimentos repentinos ou de saltos, pelo risco de lesão articular; evitar a prática do basquetebol e qualquer outro tipo de jogo com bola, que podem causar trauma abdominal; não praticar mergulho, pois as condições hiperbáricas levam a risco de embolia fetal quando ocorre a descompressão; e evitar a prática de exercícios na posição supino após o terceiro trimestre, que pode resultar em obstrução do retorno venoso.

As contra-indicações absolutas para a prática de exercícios físicos agregam as gestantes que apresentam:

- doença cardíaca com alterações hemodinâmicas significativas,
- doença pulmonar restritiva
- multípara com risco de prematuridade
- placenta prévia depois de 26 semanas de gestação
- ruptura de membranas
- sangramento uterino persistente no segundo ou terceiro trimestre

Mulheres que possuem alguma ou mais patologias apresentadas abaixo não podem praticar exercícios aeróbicos e qualquer outra atividade deve ser monitorada pelo médico:
- anemia
- arritmia cardíaca materna
- diabetes Mellitus tipo I não controlada
- bronquite crônica, obesidade mórbida
- baixo peso com Índice de Massa Corporal inferior a 12
- estilo de vida extremamente sedentário
- retardo no crescimento intra-uterino na gestação atual,
- hipertensão mal controlada
- limitações ortopédicas
- tabagismo
- hipertireoidismo não controlado.

Toda grávida, salvo contra-indicações citadas, pode se beneficiar de um programa de exercícios. Sendo bem orientada por um profissional da área e com acompanhamento médico, os exercícios durante a gravidez são um ótimo aliado, tanto para minimizar os efeitos indesejados da gravidez como para a própria saúde da mãe e do feto.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

QUANDO O EXERCÍCIO DERRUBA NOSSAS DEFESAS


O porte e, acima de tudo, a capacidade para superar provações físicas hercúleas dão a impressão de que um atleta não teria problema para sobrepujar vírus e bactérias que o desafiem. Esse senso comum ganha mais força com as claras evidências científicas de que a prática regular de atividade física fortalece o exército que combate microorganismos oportunistas. "Porém, dados epidemiológicos mostram que esportistas profissionais são três vezes mais suscetíveis a doenças infecciosas, principalmente as do trato respiratório", revela Tânia Pithon-Curi, educadora física da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo.

Em busca de respostas ao enigma acima, Tânia fez ratinhos correrem em uma esteira até a exaustão. Depois, analisou os chamados neutrófilos, células brancas com a habilidade de englobar e, assim, neutralizar invasores maléficos. A descoberta é surpreendente: uma única sessão de treino intenso foi capaz de estimular a apoptose, uma espécie de suicídio, desses pequenos soldados. "Normalmente, esse mecanismo serve para reciclar as defesas. Só que, quando ele é acelerado, o organismo fica em déficit por não conseguir produzir novas células na mesma velocidade", explica a pesquisadora. Resumindo, esforço físico demasiado diminui a resistência contra gripes, resfriados e companhia.

Quando falamos em exagero, não abordamos apenas quem vê a atividade física como profissão. Indivíduos que acabaram de trocar o sofá pela academia podem causar danos a si próprios com cargas que não fariam mal a outros mais condicionados. "O limite depende de fatores como o preparo físico, a idade, o sexo e até a alimentação do dia. Por isso o acompanhamento de especialistas é tão importante", relata o fisiologista Orlando Laitano, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Pernambuco.

Cruzar a linha individual entre uma prática física moderada e outra extenuante também eleva a concentração dos radicais livres, moléculas que, em altas doses, são nefastas ao sistema imune. "Além disso, eles aumentam as inflamações e o risco cardiovascular", afirma Cláudia Cavaglieri, fisiologista da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Isso sem contar que contribuem para o aparecimento de tumores.

Já está claro que não faltam motivos para evitar um abuso. As questões que ficam, no entanto, são se cada estrutura do corpo teria limites diferentes e se alguns deles poderiam ser extrapolados sem percebermos. Em outras palavras, nossa defesa contra vírus e bactérias pode se cansar antes do coração e, a partir daí, começar a sofrer silenciosamente? "O tema é controverso, mas há uma nova teoria de que, quando uma parte específica do organismo apresenta sobrecarga intensa, o sistema nervoso central sinaliza com fadiga generalizada", informa Laitano. Acreditando ou não nessa hipótese inusitada, os especialistas são unânimes em afirmar que dificilmente a exaustão e os problemas decorrentes dela afetem qualquer área ou função corporal antes do surgimento de sinais como dificuldade para respirar e cansaço da musculatura.

Avance no treinamento sem correr riscos Por um lado, o limiar da moderação precisa ser respeitado. Por outro, ele deve ser, aos poucos e com orientação, empurrado para a frente. "Se a intensidade ou a duração do exercício não são modificadas ao longo dos meses, ocorre uma adaptação do organismo. O que antes era adequado pode se tornar leve demais e, com isso, menos benéfico ao corpo", esclarece a educadora física Tânia Pithon-Curi.

Logo após deixar o sedentarismo, o correto é investir em práticas brandas. "Nessa etapa, é preferível focar no tempo de exercício do que na sua intensidade", complementa Páblius Braga, médico do esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Em vez de correr por 15 minutos, tente caminhar por meia hora, por exemplo. Isso, além de promover melhoras expressivas, ainda diminui a incidência de lesões.

É essencial que o ajuste do treino seja constante nos primeiros 60 dias de ralação — de preferência, o educador físico precisa verificar o progresso da pessoa quinzenalmente. Durante esse período inicial, o ganho de força e de resistência é rápido graças a adaptações dos próprios nervos que se localizam nos músculos, inclusive no cardíaco. Depois disso, vale consultar quem está prescrevendo a malhação pelo menos a cada quatro meses. O médico também faz parte dessa história: o ideal é realizar um checkup completo anualmente para verificar eventuais anomalias. Com supervisão profissional e um pouco de calma, você chega lá — sem tropeços, tosses e espirros pelo caminho.

Na medida certa
Só os experts podem prescrever o exercício ideal para cada um. Contudo, há sinais que indicam quando o esforço está aquém ou além do desejado

Nem de menos
Se durante uma atividade física o corpo não mostra nenhum sinal de cansaço, talvez seja bom apertar ligeiramente o passo. Ausência de suor ou da sensação de relaxamento após a prática também indicam uma intensidade leve demais.

Nem a mais
Fique esperto com taquicardias, dificuldades para respirar, tonturas, insônia... "Inchaço, dores insistentes e vermelhidão nas articulações são outras mostras de que o ritmo está elevado", acrescenta o ortopedista Lafayette Lage, de São Paulo.

Fique de olho
Entenda por que certas condições exigem um cuidado especial com a atividade física

Obesidade
A união entre gordura de sobra e passadas vigorosas demais pesa nas articulações e ainda gera processos inflamatórios.

Diabete
Os medicamentos usados para controlar os níveis de açúcar no sangue, associados ao alto consumo de glicose de uma prática extenuante, podem culminar em hipoglicemia.

Asma
Se o pulmão trabalha em excesso para garantir oxigênio, o risco de uma crise sobe. O asmático sempre deve carregar sua bombinha durante o exercício.

Problemas cardíacos
Um coração fragilizado, quando exigido além da conta, pode falhar. Nesses casos se recomendam exercícios pouco intensos e prolongados.

Na dose ideal...
...os esportes asseguram benesses do último fio de cabelo até a ponta dos pés

Cabeça: eles incrementam a circulação sanguínea no cérebro, diminuindo o risco de derrames, e ainda ajudam a criar neurônios, o que garante uma maior capacidade cognitiva.

Coração: os exercícios mantêm todos os vasos em forma. Isso evita que o músculo cardíaco trabalhe arduamente para conseguir bombear sangue para todo o corpo.

Câncer: a modalidade esportiva favorita de um indivíduo, além de aplacar o estresse, fator de risco para o mal, controla hormônios que favorecem os tumores.

Diabete: o próprio emagrecimento já diminui a resistência à insulina. De quebra, a atividade física regular facilita a entrada de glicose nas células.

Ossos: eles são ativados pela movimentação muscular. Para aguentar a ligeira sobrecarga, tornam-se densos e fortes, o que afasta a osteoporose.

Em excesso...
...a atividade física perde seu potencial benfeitor e vira risco a inúmeros transtornos

Cabeça: a grande presença de hormônios do estresse decorrentes do exagero provoca dores e dificuldade para raciocinar. Em casos extremos, podem favorecer um acidente vascular.

Coração: se sua frequência fica para lá de alta por muito tempo, o músculo cardíaco se desgasta de tal forma que pode se degenerar — é o processo de um infarto.

Câncer: ao consumir toda a energia do corpo, faltam forças para combater a doença. Isso sem contar que um sistema imune fraco não lida com o tumor adequadamente.

Diabete: o diabético tem um risco aumentado de desenvolver transtornos cardíacos. A probabilidade sobe mais ainda quando ele extrapola no exercício.

Ossos: um esforço homérico altera o equilíbrio de hormônios responsáveis pela produção de massa óssea. Com isso, a ossatura fica frágil e propensa a fraturas.

ALIMENTAÇÃO CERTA, VIDA LONGA


Comidas podem ser venenos ou remédios, a ciência nessa área está muito avançada, que gordura bloqueia as artérias e carne vermelha em excesso é ruim para o coração, e que carboidratos hoje são a maior preocupação para quem deseja emagrecer e manter níveis de saúde elevados, já é de conhecimento geral a muito tempo. Ingerir frutas, verduras e legumes, é sempre bom para a saúde e isso também não é novidade.

O que existe de novo são alimentos que funcionam como verdadeiros remédios e não apenas nutrientes. Novos artigos científicos nos mostram que com essa dieta baseada nesses alimentos considerados remédios podem reduzir drasticamente ( em mais de 75%) o risco de se contrair câncer e problemas cardíacos diversos, obviamente somente no caso de pessoas que não fumam e praticam atividades físicas regulares.

Michael Roizen, médico americano e fundador do RealAge Institute que estuda saúde e metabolismo humano, acredita que uma boa dieta pode rejuvenescer uma pessoa em até vinte anos. Roizen é autor do livro Idade Verdadeira, que vendeu mais de 3,5 milhões de cópias e foi traduzido em 22 idiomas. Ele desenvolveu cálculos que levam em conta dados epidemiológicos e estatísticas de longevidade, obtendo assim uma taxa de risco para calcular o peso dos hábitos alimentares sobre a saúde o indivíduo. Dependendo desse resultado, esse indivíduo pode estar em contato com doenças mais facilmente, ou doenças relacionadas a idade real apresentada, conceito este desenvolvido pelo médico, que independe da cronologia. Ao longo de cinco anos, Roizen e sua equipe examinaram 25 000 estudos científicos relacionados a hábitos alimentares, saúde e longevidade. Sua conclusão: "De todos os fatores que afetam o envelhecimento, a dieta é o mais importante".

ROMPIMENTO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR


A lesão que preocupa os jogadores de futebol.

O Joelho possui uma articulação formada por 3 elementos ósseos: o fêmur, a tíbia e a patela (antigamente conhecida como rótula). Em decorrência da solicitação deste segmento corporal nas atividades de vida (sentar-se, levantar-se), nas atividades desportivas (futebol, corrida), nas atividades relacionadas ao trabalho (ocupacionais), na sustentação do corpo, entre outras, observa-se um grande número de queixas envolvendo esta articulação.

O ligamento cruzado anterior (LCA) está localizado na parte central da cápsula articular do joelho. Durante a flexão o feixe antero-medial tensiona-se e o feixe póstero-lateral relaxa, sendo que esse processo é invertido durante a extensão do joelho. O LCA é um restritor primário do joelho e sua principal função é impedir a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur. O mecanismo de lesão do LCA ocorre, geralmente, por um trauma súbito, com rotação de joelho estando com o pé fixo no chão, gerando um stress suficientemente grande para ocorrer ruptura total ou parcial do ligamento.

O diagnóstico correto de lesão ligamentar pode ser verificado por meio de uma anamnese e exame físico detalhado. Também são feitos alguns testes especiais para comprovar a lesão. Os testes mais conhecidos para LCA são: o de Lachman, o de Gaveta Anterior e Pivot Shift. Exames como radiografia e ressonância magnética auxiliam na comprovação da lesão ou fraturas no joelho. Uma deficiência do LCA permite o desenvolvimento de condutas baseadas em métodos operatórios e não operatórios para o tratamento.

O método conservador deve ser iniciado o mais rápido possivel, evitando a a dor e a inflamação, restabelecendo amplitude de movimento e controle muscular contra novas agressões (recomendado a crioterapia, exercícios de flexo-extensão de joelho assistidos, alongamentos musculares e uso de muletas para descarga parcial de peso). Na fase crônica o início do tratamento é realizado apos atingir as metas anteriores e inclui: treinamento muscular (cadeia cinetica aberta e fechada), treinamento neuro muscular (proprioceptivo) e melhora da habilidade motora.

Já no tratamento pós cirúrgico o objetivo da fisioterapia, na maioria dos casos, será o de controlar a dor e edema, melhorar a amplitude de movimento, impedir a atrofia muscular e iniciar precocemente a marcha. Depois incluir a melhora de força muscular, da propriocepção, de equilíbrio, agilidade e exercícios específicos para o esporte. Eles devem ser realizados para fornecer um excelente retorno às atividades de vida bem como esportivas.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PUBALGIA


A inserção do reto abdominal no osso pube com ou sem a contribuição da origem do tendão adutor longo é o local primário da patologia.
A pubalgia atlética é descrita primariamente em atletas de alto nível e quase que exclusivamente no sexo masculino.
O mecanismo de lesão envolve hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do reto abdominal ou na origem do adutor longo na pelve.
Alterações rápidas de direção e o chute são duas atividades que podem desencadear a pubalgia.

No exame clínico, encontra-se sensibilidade aumentada no tubérculo púbico anterior. A dor pode ser reproduzida pela flexão do quadril, rotação interna e contração da musculatura abdominal.
A chave do diagnóstico é correlacionar a história e o exame físico, pois em alguns pacientes o exame físico é conclusivo, já em outros a história é mais útil.
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com outras patologias, como síndrome do músculo piriforme, tendinose do ilipsoas, osteíte púbica, câncer retal, entre outras.
Os exames complementares podem estar normais.

O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo e administração de antiinflamatórios para aliviar a dor, porém o efeito é usualmente temporário e os sintomas retornam com as atividades.

A fisioterapia é extremamente útil e efetiva em muitos pacientes e ajuda a resolver os desequilíbrios musculares do quadril e dos estabilizadores da pelve, com fortalecimento muscular e alongamentos adequados, seguidos de exercícios aeróbicos. A fase final inclui implementação de atividades relacionadas ao gesto esportivo específico e gradual retorno ao esporte competitivo.
O tratamento cirúrgico é uma opção na eventual falha do tratamento conservador.

TREINAR NA TPM REQUER CUIDADOS ESPECIAIS


O período pré-menstrual geralmente é marcado pelo aumento da fadiga muscular e nervosa, com a conseqüente diminuição da capacidade de desempenho. Esse processo ocorre em função da oscilação hormonal no organismo da mulher.

O mais importante é respeitar as limitações impostas nessa fase, pois, do contrário, é possível ter os sintomas da TPM intensificados. A dica é não praticar exercícios por longos períodos e nem com excesso de carga. E antes de optar por uma atividade física nesse momento, é bom a mulher saber qual tipo de TPM tem.

Aquelas que sofrem a do tipo A, que tem a ansiedade como principal característica, podem apostar em ioga, alongamento e técnicas de respiração e meditação, que diminuem a tensão muscular e o mau humor e melhoram a concentração.

Quem tem TPM do tipo C, marcada pela compulsão, pode optar por atividades aeróbias, que liberam endorfina no sangue. Além de ser responsável pela sensação de bem-estar, esse hormônio parece agir como estabilizador da glicose, diminuindo, assim, a vontade de açúcar.

Na do tipo D predomina a depressão. Portanto, exercícios aeróbicos também são ótimos, já que elevam os níveis de serotonina – hormônio conhecido por melhorar o humor. Já a TPM do tipo H é aquela assinalada pela indisposição total, com presença de muitas dores e inchaço. Então, em dias críticos, o melhor é repousar ou, no máximo, fazer uma aula de hidroginástica.

É importante frisar que, independente do tipo de TPM, a prática regular de atividades físicas melhora os incômodos típicos dessa fase. Um estudo da Universidade British Columbia, no Canadá, analisou mulheres sedentárias que se submeteram a programas de atividade aeróbia regularmente por seis meses. Ao final do período, constatou-se que elas apresentaram uma redução no inchaço, dor nos seios, irritabilidade, depressão e cólicas nos dias que antecedem a menstruação.

Esses benefícios ocorrem porque o exercício físico gera um aumento da taxa metabólica e favorece a circulação sanguinea. Consequentemente, há uma otimização do transporte de oxigênio e nutrientes essenciais, melhorando, assim, todas as funções vitais. E, segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Caxias do Sul (RS), os exercícios aeróbicos (correr, pedalar, nadar, etc.) parecem ser mais eficientes do que os anaeróbicos (como musculação) no alívio dos sintomas da TPM – isso porque promovem maior liberação de endorfina, aquele hormônio considerado um calmante natural que também estabiliza a glicose.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

RISCOS ALIMENTARES DO SÉCULO 21: EXCESSO DE GORDURA, SAL E AÇÚCAR


No início do século 20, nossa maior preocupação em relação aos alimentos era com a contaminação e com as medidas sanitárias para garantir que eles não veiculassem doenças. Os Estados Unidos adotaram medidas sanitárias para garantir alimentos não contaminados, como a inspeção das carnes já em 1906. No Brasil, as primeiras resoluções sobre o assunto datam de 1929. Uma ênfase maior foi dada ao problema através de um decreto presidencial de 1952.

Atualmente, o maior risco alimentar, na maior parte do mundo, não são os micróbios, mas os excessos alimentares sob a forma de calorias, açúcares, sal e gorduras. Somos mais de 1,6 milhões pessoas com sobrepeso em todo o mundo de acordo com o Dr. Barry Popkin, professor de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Carolina do Norte nos Estados Unidos.

De acordo com Popkin, esse número assustador já ultrapassou os 800 milhões de desnutridos espalhados pelo mundo, fazendo da obesidade uma pandemia, responsável direta ou indiretamente pela maior taxa de mortalidade imposta por qualquer fator de risco existente. Nos Estados Unidos, um terço da população adulta é obesa. No Brasil, de acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE 2002-2003, num universo de 95,5 milhões de pessoas acima de 20 anos há 3,8 milhões de pessoas (4,0%) com déficit de peso e 38,8 milhões (40,6%) com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são consideradas obesas.

Alimentos industrializados mais saudáveis

Um exemplo recente dos nossos equívocos na industrialização dos alimentos foi a produção da gordura hidrogenada para substituir a gordura saturada da manteiga. “Passamos a comercializar margarinas duras, ricas em gordura hidrogenada, que, grama por grama, causa um risco cardiovascular muito maior do que a gordura saturada da manteiga, uma vez que, além de aumentar o mau colesterol (LDL colesterol), a gordura hidrogenada ou trans ainda reduz o colesterol protetor (HDL colesterol), sendo duplamente deletéria à saúde”, diz a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva.

Atualmente, são muitas as leis que obrigam a indústria de alimentos a declarar a quantidade de gordura hidrogenada de seus produtos em seus rótulos, como é o caso do Brasil. Exemplos muito bem sucedidos, como é o caso de Nova York, que conseguiu praticamente abolir a gordura trans de seus alimentos industrializados, inclusive nos alimentos servidos em bares, lanchonetes e restaurantes. O fato é tão sensacional que mereceu destaque numa das mais importantes revistas médicas dos Estados Unidos. O artigo publicado em julho de 2009 não é um ensaio clínico, pesquisa ou revisão de literatura. Trata-se de cinco páginas com a descrição orgulhosa da metodologia usada pela cidade de Nova York para conseguir mudar o perfil dos cardápios da cidade. A ação atingiu todos os estabelecimentos licenciados para comercializar alimentos, incluindo restaurantes, lanchonetes, cantinas escolares, cafeterias, empresas fornecedoras de alimentos e comércio ambulante.

“O fato inédito envolveu várias estratégias adotadas pelo órgão equivalente a uma secretaria municipal de Saúde e culminou na redução, a níveis muito baixos, do consumo de gordura hidrogenada pelos restaurantes da cidade de Nova York. Esse processo só foi possível graças a uma emenda ao Código de Saúde da Cidade, pois as várias tentativas anteriores, feitas através de campanhas educacionais, não obtiveram sucesso”, conta a médica.

O amargo sabor do açúcar

Sempre nos perguntamos o porquê da esmagadora preferência das pessoas por alimentos doces… A indústria de alimentos percebeu isso bem e milhares de alimentos nos supermercados são adoçados. “Muitas vezes, nos perguntamos se esse excesso de alimentos doces induziria a um quadro de grande necessidade deles e compulsão por doces, tão freqüente nas sociedades modernas. Enquanto ainda não temos respostas definitivas para tais questões, procuramos entender a predileção da maioria das pessoas pelos doces. Sabemos, por exemplo, que se provermos uma gestante com grande quantidade de doces, seu bebê será mais predisposto a gostar das guloseimas do açúcar”, conta Ellen Paiva.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos as crianças consomem o dobro dessa recomendação. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão. “O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes”, diz a diretora do Citen.

O desafio de reduzir o sal

Esse desafio é ainda maior, mas também muito importante. Alimentos muito salgados “tomam conta do nosso paladar”, induzindo-nos a preferir comidas mais temperadas e a recusar aquelas de sabor mais natural. “Comer muito sal é um hábito e um vício que se traduz pela sensação de que qualquer comida, com menor teor desse ingrediente, pareça sem graça e sem sabor”, diz a endocrinologista.

Os americanos consomem quase duas vezes a recomendação máxima diária de 2300mg de sódio. Estima-se que a redução de 1300mg por dia na ingestão de sódio salvaria cerca de 150.000 vidas. Tal redução seria mais eficaz do que tratar todas as pessoas com hipertensão arterial, utilizando medicamentos específicos para isso. Os alimentos processados e aqueles consumidos em restaurantes respondem por 77% do sal ingerido, tornando muito difícil a redução deste ingrediente.

O reconhecimento da necessidade de redução do consumo de sal é bem antiga. Em 1981, o FDA já havia declarado sua intenção de reduzir o sal dos alimentos processados, mas até o momento pouca coisa mudou, além da obrigatoriedade da descrição da quantidade de sódio nos rótulos dos alimentos, medida também adotada pela ANVISA, no Brasil. E quanto ao consumo, nos últimos 30 anos, a ingestão de sódio aumentou 69% entre as mulheres e 48% entre os homens nos Estados Unidos.
“As necessidades diárias de sal estão relacionadas às necessidades de sódio. Elas são facilmente alcançadas sem a adição de sal no preparo dos alimentos, pois uma dieta normal já contempla os 500mg de sódio necessários ao organismo. Não quero dizer, no entanto, que devamos comer sem sal. Sabemos do maravilhoso sabor que ele incorpora aos alimentos… Mas é preciso tomar cuidado com os excessos”, diz a nutróloga Ellen Paiva.

O brasileiro também tem exagerado na ingestão de sal. De acordo com o Ministério da Saúde, em seu Guia Alimentar de 2006, estamos ingerindo cerca de 30 gramas de sal por dia (12gramas de sódio), quando deveríamos ingerir no máximo 12 gramas (5 gramas de sódio).

Praticamente, todos os alimentos industrializados contêm sódio. Do pão integral ao refrigerante… Até mesmo os sucos artificiais em pó contêm sal. “Mas os campeões são os embutidos (presunto, salame, mortadela, salsicha) e defumados, os caldos concentrados e temperos prontos, as sopas instantâneas, os salgadinhos industrializados em pacotes, os queijos amarelos, os pratos prontos congelados e as conservas”, diz a médica.

Quem come fora de casa regularmente tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo. A melhor estratégia para conseguir isso ainda é evitar o saleiro, uma vez que os alimentos já são normalmente preparados com mais sal e as saladas podem ser consumidas utilizando apenas o azeite, fazendo com isso cair a média de ingestão de sal na refeição. “Embora todos se beneficiem com a redução do sal, pessoas com hipertensão arterial, doenças cardíacas e hepáticas que causam retenção de líquidos e insuficiência renal devem reduzir o sal como parte fundamental do seu tratamento, pois o excesso de sal causa maior retenção de água,o que pode agravar essas condições clínicas”, conta Ellen Paiva.

Políticas públicas equivocadas

Diante de um problema de tamanha proporção, a indústria de alimentos e os governos devem desenvolver ações em conjunto no sentido de produzir alimentos mais saudáveis e de menor custo. As agências reguladoras de alimentos devem se empenhar em exigir rotulações exatas e de linguagem acessível ao público leigo. “E finalmente, os governos devem sobretaxar alimentos mais calóricos e subsidiar alimentos mais saudáveis, tornando vantajosa a compra desses, não somente do ponto de vista nutricional, mas também econômico. Todo e qualquer aumento excessivo no teor de açúcar e gordura dos alimentos deveria ser tributado e não o contrário, como ocorre na indústria de alimentos. Hoje, um litro de leite desnatado é muito mais caro do que um litro de leite integral. Chega ser ínfimo o preço de um pacote de bolachas recheadas em relação ao preço do pão integral”, sugere a endocrinologista.

De acordo com o Dr. Barry Popkin, da mesma forma que os governos têm programas de prevenção de saúde extremamente bem sucedidos, como os de uso dos cintos de segurança e de combate ao tabaco, eles também devem olhar com a mesma preocupação para o avanço da obesidade no mundo e lançar programas relacionados à prevenção da mesma. Essa política de prevenção parece ser a única forma eficaz e economicamente viável contra o avanço da obesidade no mundo, uma vez que o tratamento das comorbidades desta doença impõe intoleráveis gastos aos países em desenvolvimento.

“Enquanto nosso arsenal terapêutico tem se mostrado frágil, muitas vezes, deletério, precisamos contar com povos esclarecidos e motivados, uma indústria de alimentos engajada no mesmo esforço e governos responsáveis e interessados em declarar guerra contra a doença que vem desafiando pesquisadores e governantes”, defende Ellen Paiva.

BRASIL CONSOME 55% DE TODA SIBUTRAMINA PRODUZIDA NO MUNDO


O Brasil consome cerca de 55% de toda a sibutramina (inibidor de apetite) produzida no mundo. Esse é um dos dados que pesam para a avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estuda retirar do mercado o inibidor de apetite.

O presidente da agência, Dirceu Barbano, citou as informações levantadas por instituições internacionais, que apontaram a produção de 9,7 toneladas do medicamento em 2009.

O Brasil foi responsável pelo consumo de aproximadamente 5 toneladas, enquanto os Estados Unidos, que têm grave problema de saúde pública por conta da obesidade da população, consumiu somente 170 kg de sibutramina.

A Anvisa deverá decidir até agosto se irá permitir ou proibir o uso de sibutramina. A agência faz hoje o último debate sobre a eficácia e a segurança dos remédios inibidores de apetite.

A Anvisa deverá banir o medicamento do mercado brasileiro, decisão que já foi tomada pela Europa, Estados Unidos e diversos países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai).

No ano passado, um estudo apontou riscos de uso da sibutramina para pacientes com risco de problemas cardiovasculares. A pesquisa serviu de base para a decisão da Europa e para vários outros países.

Além da sibutramina, a Anvisa estuda retirar do mercado drogas com derivados de anfetamina, substâncias com efeito anorexígeno que agem no sistema nervoso central.

NÃO DEIXE A CANELITE TE DERRUBAR


Popularmente chamada de canelite, a síndrome de estresse do medial tibial costuma ser um tormento para muitos corredores iniciantes - e, em alguns casos, também para os mais experientes. Processo inflamatório que ocorre na membrana que envolve o osso da canela - a tíbia, a lesão pode ter relação com vários fatores: excesso de atividade, corrida em superfícies duras (asfalto, por exemplo), uso de calçados com sistema de amortecimento inadequado, entre outros problemas ligados a impacto.

Tratamento

A canelite tem que ser olhada com um cuidado especial, já que pode desenvolver problemas mais sérios. Além do habitual incômodo na região logo acima ao tornozelo durante a prática da atividade física, a canelite pode causar uma fratura por stress num estágio mais avançado.
- O tratamento é com anti-inflamatório, medicamentos para alívio da dor, fisioterapia, alongamentos ou, caso persista, a parada e uma reorientação dos treinos. Existe uma melhora do sintoma com essas medidas. Curado, em seguida, vale levantar os fatores que causaram o problema, para que ele não retorne. Se foi treino em excesso, se o tênis já precisa de uma troca por prazo de validade.

Tempo de recuperação

O tempo de recuperação pode divergir de um especialista para outro, além de depender de como o organismo de cada corredor vai reagir. No entanto, segundo o ortopedista, a média da recuperação desse tipo de lesão é de cerca de três semanas, enquanto a fratura por stress pode levar até mais de um mês e meio e, em casos mais extremos, necessitar do tratamento cirúrgico. “Mas é tudo caso a caso”, diz ele.

CARACTERÍSTICAS DA CANELITE

Causa: Excesso de atividade
Tratamento: Alongamentos
Nos treinos: Corridas mais curtas e uma nova planilha

Causa: Treinos em superfícies duras
Tratamento: Fisioterapia
Nos treinos: Passar gelo na tíbia após a atividade

Causa: Calçados com sistema de amortecimento inadequado
Tratamento: Uso de medicamentos e antiinflamatórios
Nos treinos: Mudança de superfície (treinar na terra ou na grama, por exemplo)

Causa: Problemas ligados a impacto em geral
Tratamento: Suspensão de treinos em alguns casos
Nos treinos: Uso de tênis específico para o tipo de pisada (neutra, supinada ou pronada)

Retorno

A volta aos treinos no caso de parada também requer uma atenção. Em alguns casos, a dor volta junto com a corrida, e o atleta tem que estar atento. Dicas como o uso de palmilhas ortopédicas e a procura por um tênis específico para o seu tipo de pisada (neutra, supinada ou pronada) costumam ser boas saídas. Além do mais, a planilha deve sofrer alguma mudanças, com atividades mais leves.
- Sugere-se uma aquecida, um trote leve e, em seguida, alongamentos na volta aos treinos. Também é importante tentar mudar o terreno e o local da corrida. Se está numa superfície dura, é bom ir para um lugar mais macio, como gramado, terreno de terra batida e areia. Além disso, não deve persistir com a dor. O legal é fazer uma varredura com gelo na tíbia quando chegar em casa para tirar o incômodo. Alongamento também é bastante útil. Se a dor persistir, é necessário procurar um tratamento.

terça-feira, 7 de junho de 2011

BENEFÍCIOS DA GELATINA



Esse alimento simples pode te ajudar a ganhar músculos e emagrecer!

A gelatina é extraída da pele, das cartilagens e dos ossos bovinos, portanto rica em colágeno, a principal proteína estrutural dos tecidos e ossos. Além disso a gelatina contém 9 dos 10 aminoácidos essenciais ao corpo humano. Esses aminoácidos ajudam a promover a síntese do colágeno, substância que sustenta os tecidos.

A gelatina comum possui 50 kcal a cada 14g de pó ( o suficiente para preparar 100g de gelatina pronta), 12 g de carboidrato ( o recomendado para 20 minutos de exercício) 1g de proteína ( que auxilia na recuperação da massa muscular) e 75mg de Sódio (também importante para a prática de exercícios).

Recomenda-se a ingestão de meio pacote de gelatina diluído em 300ml de água durante a prática de atividades físicas moderadas e intensas de 1 hora. Isso fará com que sua recuperação seja mais rápida (devido às proteínas), ajudará que não decaia o nível dos exercícios com o passar do tempo (devido a presença ideal de carboidratos e Sódio) bem como vai preservar seu tecido muscular. Além disso os aminoácidos estimulando a formação de colágeno, trará vários benefícios como manter a elasticidade da pele, fortalece as unhas e previne a queda de cabelo ( o colágeno forma a matriz onde os minerais se fixam para deixar unhas fortes e cabelos resistentes). Além disso a gelatina tem a capacidade de se ligar a grande quantidade de água, dando sensação de saciedade impedindo o exagero de alimentos.

ALZHEIMER


Exercício físico reduz em quase 34% o risco da manifestação da doença

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): a previsão é que em 2040 o número de portadores da doença de Alzheimer pode chegar a 81 milhões.

O que é Alzheimer?

Doença neurológica degenerativa que apresenta sinas de perda de memória, alterações comportamentais e incapacidade para realizar atividades diárias, descoberta por Alois Alzheimer em 1901.

Como identificar um portador de Alzheimer?

O diagnóstico ainda é difícil pelo fato de ser confundida com outras doenças e por ser encarada como um processo natural do envelhecimento.

Identificando sinais que indicam a probabilidade da doença:

No estágio inicial, o paciente começa a apresentar dificuldades de tomar decisões, desorientação de tempo e espaço, perda da memória recente, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas; nos estágios mais avançados, confusão mental, agitação, incontinência urinária...

Como prevenir?

Pesquisas recentes feita pela Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, apontam que a atividade física reduz em 34% o risco de manifestação da doença. Uma das causas dos benefícios do exercício físico é estimular o sistema vascular liberando substâncias químicas no cérebro, embora não existam estudos sobre como ocorrem esses estímulos, inúmeras pesquisas comprovam os benefícios dos exercícios físicos como prevenção da doença.


Portanto, para se ter um desenvolvimento saudável na velhice é imprescindível uma boa alimentação, exercícios físicos e evitar o uso excessivo de medicação, principalmente a auto-medicação, apontados por alguns cientistas, como uma das causas, do desenvolvimento da doença de Alzheimer.

ENTORSE DE TORNOZELO



Em busca de uma melhor qualidade de vida é cada vez mais comum individuos sedentários iniciarem um programa de atividade física sem qualquer orientação de um profissional especializado. Esta procura vem acompanhada, muitas vezes, de um treinamento inadequado, sem adaptações orgânicas necessárias para o sucesso da mesma. Como consequencia notamos um grande índice de lesões relacionadas ao esporte, como a corrida por exemplo. Dentre elas destaca-se as lesões musculares e articulares, como distensões e entorses.

Estudos e esforços vem sendo realizados para diminuir este grande índice de lesões, e o fisioterapeuta, como profissional da área de saúde aparece não apenas na reabilitação e tratamento das injúrias, mas também na prevenção, para que menos lesões venham a aparecer e prejudicar a qualidade e desempenho dos praticantes.

O entorse de tornozelo é uma lesão considerada comum no meio desportivo, porém evitável. É definido como sendo uma lesão ligamentar, onde no momento do impacto, ao girar o pé rapidamente para dentro (por inversão) ou para fora (por eversão) os ligamentos não conseguem se contrair com rapidez para amortecer o impacto, causando a lesão. O entorse por inversão é disparado o mais comum, sendo que acomete 3 ligamentos laterais: talofibular anterior, calcaneofibular e talofibular posterior. O entorse por eversão é menos comum e acomete o ligamento deltóide.

Dependendo da intensidade do trauma pode ter 3 diferentes classificações:

- Grau I: há algum estiramento e talvez ruptura das fibras ligamentares do tornozelo, com pouca ou nenhuma instabilidade, leve dor e pouco edema;

- Grau II: algumas fibras ligamentares são rompidas parcialmente, com dor, edema e rigidez articular;

- Grau III: ocorre a ruptura total do ligamento, com instabilidade articular, dor severa, com grande edema tornando a articulação muito rígida.

Durante a fase inicial de tratamento alguns objetivos são muito claros: contolar o edema (com auxilio da crioterapia-gelo), compressão com uma bandagem elastica, elevação dos membros inferiores nas primeiras 48 horas e repouso para diminuir o processo inflamatório.

Na continuação do tratamento inicia-se o trabalho individual com o fisioterapeuta, onde será destacada a realização dos exercícios isométricos de planti e dorsi-flexão do tornozelo, inversão e eversão do pé e a proproicepção.

De acordo com a progressão do organismo em resposta a lesão, os exercícios irão do mais simples ao mais complexo. Vale a pena lembrar que um trabalho de reabilitação incorreto ou parcial resultará diretamente em reincidencia da lesão. Consequentemente se o retorno à pratica esportiva for bem orientado e tolerado, sem estressar o ligamento lesionado, seu retorno será com certeza bem sucedido.

Por isso, se realizar um entorse de tornozelo quando estiver correndo ou de outra maneira qualquer, respeite seu limite e inicie precocemente um trabalho de reabilitação com seu fisioterapeuta!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

MALEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA SEM ORIENTAÇÃO


O indivíduo que treina e faz exercícios físicos sem a orientação de um profissional competente, está sujeito a enfrentar situações difíceis, colocando a sua saúde em risco. Nós profissionais de Educação Física também somos da área de saúde. Desta forma, capacitados a darmos prescrições e orientações de fundamental importância.

O professor, o orientador, o personal, o técnico, tem condições de mensurar o grau, a quantidade, a forma do exercício, do treinamento.
A principal conseqüência de uma atividade física sem orientação é o surgimento de sintomas relacionados ao overtraining (ovt).

O principal sintoma é a redução de desempenho, seguido de alterações como insônia, cansaço, dores musculares, irritação, ansiedade, agressividade, cefaléia, problemas articulares, aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos alterados.

Segundo o Dicionário Oxford de Ciência Medicina do Esporte, "overtraining" é uma síndrome complexa, uma combinação de sinais e sintomas, que provocam fadiga mental, deterioração do desempenho.

Um planejamento inadequado de treinamento conduzirá a síndrome do overtraining.
Portanto o indivíduo somente terá malefícios seguindo um treino ou atividade física sem a orientação de um profissional gabaritado.

MEXA-SE!


A inatividade física é uma das principais causas de doenças da civilização. Atrofia tecidos, diminui a força e a elasticidade muscular, aumenta o tecido adiposo (gordura), reduz a função cardíaca e a respiratória, deixando a pessoa mais suscetível à fadiga.

Todo mundo sai perdendo, ou melhor, todos os órgãos.

No aparelho locomotor, ocorrem processos degenerativos – como a artrose – que atingem cartilagens e articulações. Após os 20 anos, as pessoas que não exercitam a musculatura perdem, a cada dois anos, cerca de 500g de massa muscular, isso representa perda de força e músculo fraco é sinônimo de incapacidade. Imagine como vai ser quando ainda tiver “energia” para as rotinas diárias, mas o corpo não agüentar erguer um balde de água, ou tirar o pneu do porta-malas ou carregar seus netos no colo?

Quanto aos ossos, depois dos 20 anos, a massa óssea diminui. Sem exercícios físicos, a perda pode atingir o ritmo de 0,5% ao ano. Uma das principais conseqüências e a osteoporose (desmineralização óssea).

A capacidade dos pulmões também fica reduzida. Na faixa dos 30 anos aos 40 anos. A perda é de 10%. Assim, a pessoa fica mais suscetível a pneumonia.

O coração também perde; sua capacidade de bombeamento cai 6%. E como é ele que manda o sangue oxigenado para os outros órgãos todos eles acabam prejudicados. Até o cérebro, o “intelectual” do corpo, não agüenta toda essa “improdutividade” e pede aposentadoria. A pele também se ressente: a inatividade dá uma “freada” na produção de elastina e colágeno, estas fibra tão essenciais que dão elasticidade e brilho à pele. Sem falar na parte psicológica. Também pudera! Com tudo desabando, não há auto-estima que resista. E se a auto-estima é baixa, o desempenho sexual muda. Para pior, claro.

O sistema imunológico também fica menos eficiente, levando muito mais tempo para se recuperar de qualquer mal-estar ou doença.

Portanto, MEXA-SE, e viva melhor!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

EUA APRESENTAM NOVAS MEDIDAS PARA REDUZIR A OBESIDADE


Os Estados Unidos querem diminuir a obesidade, que atinge mais de um terço dos adultos do país, e para isso o NIH (Instituto Nacional de Saúda, na sigla em inglês) apresentou, nesta quinta-feira, um novo plano estratégico de pesquisa da obesidade.

O plano será focado na pesquisa, melhora da saúde pública e divulgação, tanto à comunidade médica como aos cidadãos, da necessidade de uma vida mais saudável.

A obesidade, que afeta 17% das crianças, aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 ou de sofrer doenças do coração, do fígado, pressão arterial e alguns tipos de câncer.

Em 2008, as despesas médicas relacionadas com a obesidade foram de US$ 147 bilhões, segundo o NIH, que para combater a epidemia de obesidade está impulsionando diversas pesquisas científicas centradas neste problema.

O NIH destinará US$ 824 milhões para pesquisas relacionadas com a redução da obesidade e suas consequências, e US$ 147 milhões adicionais por meio da Lei de Recuperação econômica.

"Comer menos e fazer mais exercício é mais fácil de falar do que fazer", reconheceu o grupo de trabalho do NIH destinado a investigar a obesidade, por isso o objetivo é realizar exames clínicos para apresentar soluções práticas.

Os campos de pesquisa propostos pelo NIH incluem os processos que regulam o peso corporal; a compreensão dos fatores que contribuem para a obesidade e suas consequências; e desenvolvimento de testes de novos enfoques para atingir e manter um peso saudável.

Também inclui a avaliação das estratégias para prevenir e tratar a obesidade de uma maneira real e a análise dos diferentes grupos de população; além do uso da tecnologia para avançar na pesquisa da obesidade e melhorar a prestação de assistência médica.

"Muitas causas e fatores contribuem para a obesidade", indicou o diretor do NIH, Francis Collins, que considerou que este projeto é um plano inovador "para examinar a epidemia da obesidade de diversas perspectivas".

"Os pesquisadores poderão trabalhar em conjunto para alcançar os objetivos de prevenir e tratar a obesidade, para ajudar as pessoas a levarem a vida de forma mais saudável e satisfatória", enfatizou.

RESULTADO IMEDIATO


O dia a dia na academia me faz refletir sobre uma questão extremamente importante,

que é a teimosia dos alunos em insistir no exagero para alcançar seus resultados.

Os alunos além de serem demasiadamente imediatistas, não entendem que só exercícios físicos não são suficientes para gerar uma modificação na composição corporal.

É necessário esclarecer que, 50% do sucesso do emagrecimento se dá em função do controle da ingesta calórica.

Mesmo o aluno que passa o dia inteiro na academia, se tiver uma ingesta calórica maior do que o gasto continuará engordando.

Portanto, sem uma reeducação alimentar, para que seja gerado um déficit calórico
e a gordura acumulada no corpo seja utilizada pelo organismo como fonte energética,
a tentativa de emagrecimento não terá sucesso.

Um outro ponto importante que influi no emagrecimento é o sono de qualidade.
Pesquisas comprovam que se o indivíduo não tem um sono adequado, a “queima” de gordura corporal é dificultada.

Sendo assim, o segredo não é malhar mais, e sim controlar a alimentação,
associado a pratica de exercícios físicos regulares (sem exageros) e sono adequado.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O QUE NÃO FAZER AO COMEÇAR A MALHAR


Estudos mostram que o simples fato de uma pessoa começar a praticar atividade física já resulta em modificações, para melhor, nos hábitos alimentares.

Porém, muita gente adota comportamentos inadequados na busca obsessiva pela boa forma. Para quem está disposto malhar e ganhar saúde, elaboramos as seguintes dicas.


NÃO FAÇA:

Uso de suplementos nutricionais de forma indiscriminada: A alimentação inadequada e o uso indiscriminado de suplementos, além de não melhorar o desempenho, podem engordar e trazer riscos à saúde. Apesar do apelo de light, os suplementos contém carboidratos e proteínas, cujo excesso pode se transformar em gordura.

Inclusão de alimentos light que muitas vezes são mais calóricos: Muitas pessoas passam a substituir seus alimentos de rotina por “alimentos saudáveis”, como pão integral, queijo branco, peito de peru, frutas e barras de cereais. Mesmo sendo considerados saudáveis podem levar ao ganho de peso se não forem consumidos de maneira correta. Produtos diet e light também possuem calorias e engordam.

Comer salada e grelhado no almoço: O horário do almoço acontece em um momento de grande demanda energética. Enganar o corpo ingerindo apenas saladas e restringir nutrientes importantes para esse período, como carboidratos e proteínas, pode descompensar o corpo, o qual pode “pedir” um chocolate mais tarde, ou desencadear uma crise posterior de compulsão alimentar. O almoço deve ser leve, com pouca gordura, saladas, mas deve conter também carboidratos (como arroz, feijão, batata, massa).

Usar o horário do almoço para treinar e não comer nada: Muitos usam o horário do almoço para treinar e omitem essa refeição em um momento importante do dia (de grande gasto energético, que aumenta ainda mais somando-se as calorias gastas no treino). Isso pode levar a uma recuperação lenta, e o metabolismo fica mais lento na tentativa de economizar energia. Resultado: compulsão alimentar e maior facilidade para engordar.

Não comer após o treino: Nosso corpo precisa de energia para a atividade física e a ingestão de carboidratos e proteínas após o treino é fundamental para a recuperação muscular. Muitas pessoas optam por não comer, na tentativa de “continuar gastando gordura”, mas a má recuperação muscular pode comprometer o resultado do treino e gerar aumento indiscriminado da fome em momentos mais tardios do dia.

MUSCULAÇÃO: É BOM OU RUIM PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES?


A ideia de que a prática da musculação na infância prejudica o desenvolvimento infantil acaba de ser demolida. Numa das maiores revisões sobre o tema, especialistas do "Institute of Training Science and Sports Informatics", na Alemanha, analisaram dezenas de estudos feitos nas últimas décadas sobre treino de força para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos e concluíram que quando bem orientada, a musculação traz benefícios.

De acordo com a pesquisa, jovens que fizeram treino de resistência pelo menos duas vezes por semana, no período mínimo de um mês, apresentaram maior ganho de força do que aqueles que se exercitavam apenas uma vez por semana ou por tempos mais curtos. O resultado contraria a afirmação de que crianças e adolescentes devem evitar a musculação, porque esse exercício resultaria em baixa estatura e danos físicos, devido, por exemplo, à falta de testosterona, o hormônio que estimula o aumento de massa muscular em indivíduos adultos.

A Academia Americana de Pediatria, o Colégio Americano de Medicina Esportiva e a Sociedade Canadense de Medicina Esportiva têm reforçado que tanto crianças quanto adolescentes se beneficiam da prática de musculação. Mas é importante que as orientações dos profissionais e as regras de segurança sejam respeitadas.

Esta prática esportiva é, hoje, uma das atividades mais recomendadas, seja para quem quer emagrecer, aumentar ou definir a musculatura, como também, para quem deseja evitar lesões e algumas doenças, entre elas:

Osteoporose: A musculação estimula a produção de células ósseas fixando cálcio e aumentando a sua densidade. Atividades aeróbias de impacto, como a corrida, também oferecem este benefício, mas os exercícios com peso são mais seguros para as articulações.

Artrose (desgaste das articulações); Quando os músculos são fortalecidos, propiciam maior estabilidade as articulações, promovendo menor desgaste entre os ossos.

Diabetes: Quanto maior é a massa muscular (benefício alcançado pela musculação), maior é a queima de glicose pelo o organismo (substância que em excesso no sangue causa o diabetes).

Mas atenção! Intercale os dias de exercícios com peso, com exercícios aeróbios e faça alongamentos antes e depois das atividades. E não se esqueça que, sem dúvida, a musculação trará inúmeros benefícios. No entanto, é necessário ter disciplina, seguir a orientação de profissionais especializados e, principalmente, respeitar os seus limites.