terça-feira, 2 de agosto de 2011

PUBALGIA


A inserção do reto abdominal no osso pube com ou sem a contribuição da origem do tendão adutor longo é o local primário da patologia.
A pubalgia atlética é descrita primariamente em atletas de alto nível e quase que exclusivamente no sexo masculino.
O mecanismo de lesão envolve hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do reto abdominal ou na origem do adutor longo na pelve.
Alterações rápidas de direção e o chute são duas atividades que podem desencadear a pubalgia.

No exame clínico, encontra-se sensibilidade aumentada no tubérculo púbico anterior. A dor pode ser reproduzida pela flexão do quadril, rotação interna e contração da musculatura abdominal.
A chave do diagnóstico é correlacionar a história e o exame físico, pois em alguns pacientes o exame físico é conclusivo, já em outros a história é mais útil.
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com outras patologias, como síndrome do músculo piriforme, tendinose do ilipsoas, osteíte púbica, câncer retal, entre outras.
Os exames complementares podem estar normais.

O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo e administração de antiinflamatórios para aliviar a dor, porém o efeito é usualmente temporário e os sintomas retornam com as atividades.

A fisioterapia é extremamente útil e efetiva em muitos pacientes e ajuda a resolver os desequilíbrios musculares do quadril e dos estabilizadores da pelve, com fortalecimento muscular e alongamentos adequados, seguidos de exercícios aeróbicos. A fase final inclui implementação de atividades relacionadas ao gesto esportivo específico e gradual retorno ao esporte competitivo.
O tratamento cirúrgico é uma opção na eventual falha do tratamento conservador.

TREINAR NA TPM REQUER CUIDADOS ESPECIAIS


O período pré-menstrual geralmente é marcado pelo aumento da fadiga muscular e nervosa, com a conseqüente diminuição da capacidade de desempenho. Esse processo ocorre em função da oscilação hormonal no organismo da mulher.

O mais importante é respeitar as limitações impostas nessa fase, pois, do contrário, é possível ter os sintomas da TPM intensificados. A dica é não praticar exercícios por longos períodos e nem com excesso de carga. E antes de optar por uma atividade física nesse momento, é bom a mulher saber qual tipo de TPM tem.

Aquelas que sofrem a do tipo A, que tem a ansiedade como principal característica, podem apostar em ioga, alongamento e técnicas de respiração e meditação, que diminuem a tensão muscular e o mau humor e melhoram a concentração.

Quem tem TPM do tipo C, marcada pela compulsão, pode optar por atividades aeróbias, que liberam endorfina no sangue. Além de ser responsável pela sensação de bem-estar, esse hormônio parece agir como estabilizador da glicose, diminuindo, assim, a vontade de açúcar.

Na do tipo D predomina a depressão. Portanto, exercícios aeróbicos também são ótimos, já que elevam os níveis de serotonina – hormônio conhecido por melhorar o humor. Já a TPM do tipo H é aquela assinalada pela indisposição total, com presença de muitas dores e inchaço. Então, em dias críticos, o melhor é repousar ou, no máximo, fazer uma aula de hidroginástica.

É importante frisar que, independente do tipo de TPM, a prática regular de atividades físicas melhora os incômodos típicos dessa fase. Um estudo da Universidade British Columbia, no Canadá, analisou mulheres sedentárias que se submeteram a programas de atividade aeróbia regularmente por seis meses. Ao final do período, constatou-se que elas apresentaram uma redução no inchaço, dor nos seios, irritabilidade, depressão e cólicas nos dias que antecedem a menstruação.

Esses benefícios ocorrem porque o exercício físico gera um aumento da taxa metabólica e favorece a circulação sanguinea. Consequentemente, há uma otimização do transporte de oxigênio e nutrientes essenciais, melhorando, assim, todas as funções vitais. E, segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Caxias do Sul (RS), os exercícios aeróbicos (correr, pedalar, nadar, etc.) parecem ser mais eficientes do que os anaeróbicos (como musculação) no alívio dos sintomas da TPM – isso porque promovem maior liberação de endorfina, aquele hormônio considerado um calmante natural que também estabiliza a glicose.