segunda-feira, 8 de novembro de 2010

NOVA YORK QUER IMPEDIR COMPRA DE REFRIGERANTE COM VALE-REFEIÇÃO PÚBLICO


O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o governador do Estado, David Paterson, propuseram ao governo federal proibir a compra de refrigerante e bebidas adoçadas com os vales-refeição entregues como subsídio para a população carente do país. O veto teria duração de dois anos.

São cerca de 1,7 milhão de pessoas que recebem o benefício nacional chamado Programa Assistencial de Suplementação Nutrional, ou SNAP. Bloomberg afirmou que a obesidade nas classes mais baixas atingiu níveis críticos e se referiu às bebidas adoçadas como chás gelados, refrigerantes e bebidas esportivas como “o maior contribuinte para a epidemia de obesidade”.

“A iniciativa irá permitir às famílias de Nova York gastar mais dinheiro em alimentos e bebidas que sejam realmente nutritivos”, disse o prefeito em comunicado. “Além de ir contra a proposta vital do programa, a venda de bebidas adoçadas ainda estimula uma séria epidemia de saúde pública”.

Segundo dados da prefeitura, nos bairros onde vive a maioria dos beneficiários do vale-refeição, de 32 a 45% dos moradores bebem mais de uma bebida adoçada por dia.

As famílias mais pobres apresentam maior obesidade (30%) se comparadas com as mais ricas (17%), além de terem mais doenças decorrentes do excesso de peso, como o diabetes tipo 2: são 14% versus 7%, respectivamente.

As doenças relacionadas com o excesso de peso custam ao estado cerca de US$ 8 bilhões, US$ 770 por família em custos médicos ao ano. Mais da metade dos adultos (57%) da cidade estão acima do peso e o diabetes causa mais de 22 mil hospitalizações anualmente.

A cidade de Nova York é pioneira em lançar iniciativas saudáveis como banir a gordura trans em restaurantes e exigir a quantidade de caloria dos alimentos no cardápio.

PERDA DE GORDURA CORPORAL

OS 7 ERROS MAIS COMUNS EM INICIANTES

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

EXERCÍCIO E ENVELHECIMENTO


Investigar os efeitos da atividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o indivíduo ativo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.

É preciso dizer que representa um consenso científico a idéia de que nunca é tarde demais para se iniciar um programa de atividade física. Torna-se uma providência obrigatória, principalmente nos indivíduos mais idosos, uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios.

Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o indivíduo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos jovens.

A explicação para este fato é na realidade bastante lógica: nós sabemos que a inatividade física leva à uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma dúvida, o sistema que mais se ressente da inatividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso. Um dos principais efeitos do envelhecimento é exatamente a perda de massa muscular. Assim sendo, no indivíduo mais idoso e sedentário, existe uma soma de efeitos determinantes da perda de massa muscular: idade e inatividade.

Isso acaba gerando um círculo vicioso extremamente prejudicial à qualidade de vida. O início de um programa de exercícios pode interferir nessa situação e, consequentemente, promover uma sensível melhora da capacidade física do indivíduo, em função de exercer seus efeitos numa situação muito mais séria do que no indivíduo jovem.

Por outro lado, a atividade física no idoso, desde que bem orientada pode prevenir um dos problemas mais graves do envelhecimento, a osteoporose, principalmente nas mulheres.

Felizmente, os programas de atividade física na terceira idade têm cada vez mais se difundido na população, e podemos ter a expectativa de num futuro próximo observar os resultados inclusive na melhor capacidade de trabalho, produtividade, e sobretudo na auto-estima do idoso.

EXERCÍCIO, DIETA E HIPERTENSÃO


Um dos maiores desafios da medicina nos dias de hoje ainda é o controle, a prevenção e o tratamento da hipertensão. Para se ter uma idéia da dimensão desse problema de saúde pública, podemos citar um recente levantamento realizado nos Estados Unidos, onde foi constatado que cerca de 50 milhões de pessoas são portadoras de hipertensão. O problema certamente acomete também a nossa população, com uma ordem de grandeza não muito diferente da população americana. A dificuldade do controle da hipertensão é normalmente maior devido à freqüente ausência de sintomas aparentes que possibilitem seu diagnóstico precoce.

Em função desses fatos, todas as campanhas de combate à hipertensão são direcionadas principalmente para os meios de prevenção da doença. Do ponto de vista de atitudes preventivas, dois aliados são fundamentais: educação alimentar e exercícios físicos. É do conhecimento público o fato de que, para prevenir a hipertensão, a principal educação de hábitos alimentares consiste em controlar a ingestão de sal.

Uma pesquisa recente realizada em um conceituado centro médico americano, o Johns Hopkins Medical Institutions, em Baltimore, constatou uma importante influência da ingestão de potássio no controle da hipertensão. Os pesquisadores afirmam que as pessoas que ingerem pelo menos 2,5 gramas de potássio diariamente reduzem significativamente seus níveis de pressão arterial. O potássio é um elemento encontrado em várias frutas e vegetais, dos quais os mais ricos são a banana, a laranja e a batata. É importante lembrar que o controle da pressão arterial é um problema complexo que deve sempre partir da orientação de um médico.

Do ponto de vista preventivo, a prática de atividades físicas regulares, sem dúvida, é um eficiente meio de combate à hipertensão. No entanto, sabe-se que não são todas as modalidades de atividade física que são recomendadas para prevenção e controle da hipertensão. Os exercícios de força, os chamados exercícios isométricos, tais como levantar pesos, ou contrair vigorosamente grandes grupos musculares, não são recomendados para controlar a pressão. O grande benefício que se pode obter se origina da prática regular dos exercícios chamados aeróbicos, tais como andar, pedalar, nadar e correr para os bem condicionados.

Finalmente, cabe a consideração de que existem diferentes causas para o problema da hipertensão, as quais devem sempre ser adequadamente avaliadas por um médico, a quem caberá também orientar a dieta e a indicação de exercícios físicos.

QUEM DORME POUCO, PERDE MAIS MÚSCULOS E MENOS GORDURA


Pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm mais dificuldade para perder gordura quando fazem dieta do que aquelas que dormem mais de oito horas.

De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (EUA), quem está fazendo dieta e dorme pouco emagrece, mas a quantidade de gordura eliminada é quatro vezes menor do que a quantidade de massa magra perdida.

A pesquisa, publicada na revista "Annals of Internal Medicine", avaliou pessoas de 35 a 49 anos com obesidade ou sobrepeso. Os voluntários foram divididos em dois grupos e submetidos ao mesmo regime alimentar de restrição calórica.

A única diferença foi a quantidade de horas de sono -enquanto um grupo dormiu oito horas e meia por noite, o outro dormiu cinco horas e meia.

Depois de duas semanas, a média de perda de peso dos dois grupos foi a mesma: cerca de 3 kg. Mas houve uma diferença de 55% na quantidade de gordura perdida.

Quem dormiu menos eliminou cerca de meio quilo de gordura e 2,5 kg de massa magra. Já quem dormiu mais perdeu 1,5 kg de gordura.

Os participantes do estudo também foram questionados sobre a sensação de saciedade. Constatou-se que as horas a mais de sono também ajudaram a controlar a fome e diminuir o apetite.

De acordo com os pesquisadores, quem dormiu pouco teve uma produção maior de grelina, hormônio que provoca a fome e reduz o gasto energético.

Além de ter níveis maiores de grelina, essas pessoas produziram mais uma substância que aumenta o apetite: a grelina ácida.

Apesar dos resultados significativos, o estudo tem algumas limitações, como por exemplo o número de participantes, dez, considerado pequeno para resultados definitivos. Outra limitação é que a experiência durou apenas duas semanas.

Mesmo assim, os autores do trabalho acreditam que os resultados podem ajudar nos tratamentos de obesidade e distúrbios do sono.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE ATINGEM OS TENDÕES DOS CORREDORES


Tendinite e corrida: Conheça os principais problemas que atingem os tendões dos corredores e o tratamento para cada um deles.

Os tendões são estruturas fibrosas, com pouca vascularização (recebem pouco aporte sanguíneo), que têm como principal função transmitir a força gerada pelos músculos aos ossos, determinando os movimentos do nosso corpo. As tendinites podem ser denominadas como a inflamação de algum tendão.

Diversas são as causas que podem gerar um processo inflamatório sobre o tendão. Entre os corredores podemos citar: falta de alongamento e flexibilidade de algum grupo muscular, falta de aquecimento antes de atividades esportivas, excesso de movimentos repetitivos, sobrecarga dos treinamentos e calçado inadequado.

As tendinites se manifestam através de dores localizadas próximas as articulações. Geralmente são dores difusas que podem aparecer após uma atividade física intensa ou em atividades simples como andar, abaixar, subir e descer escadas.

O diagnóstico é realizado através das queixas do atleta/paciente, palpação do local da dor, presença de calor e rubor (vermelhidão) no local e exames de ultra-som e ressonância magnética.

Entre as tendinites mais comuns que acometem os corredores podemos citar:

1) Tendinite de Calcâneo (Aquiles)

Também conhecida como tendinite de Aquiles é a lesão inflamatória mais comum entre os corredores e acomete o tendão dos músculos da panturrilha (Tríceps Sural). As dores se localizam na região posterior do calcanhar. Essa lesão pode ocorrer por insuficiência e/ou desequilíbrio muscular da panturrilha, excesso e/ou aumento da carga de treinamento e uso de calçados inadequados para o esporte. Calçados sem elevação do calcanhar podem gerar esse tipo de tendinite.

2) Tendinite Patelar

Lesão conhecida como tendinite do saltador, acometia atletas de vôlei e basquete, porém, nos últimos anos vem aumentando o número de corredores com esse tipo de lesão. Acomete o tendão do músculo anterior da coxa (Quadríceps) e as dores são localizadas bem abaixo do osso patelar. Esse tipo de lesão pode ocorrer por movimentos repetitivos, excesso de treinamento e desequilíbrio dos músculos da coxa. Pode também estar associado com desalinhamento dos membros inferiores como: joelho valgo, quadris largos (principalmente em mulheres) e pé plano (Chato).

O Tratamento Fisioterapêutico tem início cerca de três a sete dias após a consulta e prescrição médica de antiinflamatórios. O Fisioterapeuta inicialmente realiza tratamento analgésico e antiinflamatório com recursos de eletroterapia e após a resolução da dor e do processo inflamatório começa a segunda etapa do tratamento que visa o reequilíbrio muscular (alongamentos e fortalecimentos).

Na última etapa, o objetivo é corrigir possíveis alterações posturais e passar orientações sobre calçados mais adequados, se necessário. Nessa fase também se inicia um treino leve do gesto esportivo com o atleta e após alguns testes funcionais ocorre a liberação para treinos e pratica esportiva.

Prevenção: É possível realizar trabalhos preventivos com finalidade de evitar tendinites e outras lesões. O Fisioterapeuta tem condições de implantar séries de alongamentos e fortalecimentos excêntricos de forma periódica, bem como atuar na orientação sobre calçados e correções posturais.

Atenção: As tendinites fazem parte de um grupo de patologias chamadas tendinopatias (lesões que acometem os tendões), geralmente uma tendinite mal avaliada, não tratada ou tratada de forma incorreta pode gerar uma tendinose, que passa a ser a condição de total degeneração do tendão que pode levar a ruptura do mesmo.

Nos casos em que ocorre a ruptura do tendão o tratamento passa a ser cirúrgico e o atleta geralmente fica afastado por alguns meses da prática esportiva para tratamento e recuperação. Dependendo da gravidade da degeneração o atleta pode ser afastado definitivamente do esporte.

Dica: Se você já apresentou caso anterior de tendinite ou tem dores nas regiões distais dos músculos próximo às articulações, procure os profissionais médico e fisioterapeuta para o correto diagnóstico e tratamento, só assim você terá condições de continuar sua pratica esportiva com segurança.

CORAÇÃO DOS ATLETAS SE ADAPTA ÀS EXIGÊNCIAS DO ESPORTE


As mudanças causadas pela atividade física no corpo dos atletas vão muito além dos músculos sarados e do baixo percentual de gordura.

Uma pesquisa feita por médicos alemães e americanos, publicada na revista científica "Radiology", mediu com precisão, por meio de ressonância magnética, o coração de 26 triatletas e mais 26 homens sadios.

Entre os triatletas, os ventrículos direito e esquerdo estavam 30% maiores do que no grupo-controle. A espessura das paredes do coração também aumentou. No ventrículo esquerdo, a parede ficou 15% mais grossa entre os atletas. O volume de sangue bombeado subiu quase 30%.

Como as mudanças foram simétricas, os médicos as consideraram como adaptações do corpo aos treinamentos. No triatlo, os treinos exigem força e resistência, o que dá um maior impulso às transformações no corpo.

Daniel Arkader Kopiler, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, diz que, antes, médicos viam sinal de doença no coração grande de atletas. "Hoje, sabemos que são modificações fisiológicas."

O volume maior dos ventrículos e a espessura de suas paredes permite que o coração bombeie mais sangue a cada batida. Assim, o oxigênio chega de forma mais eficiente às pernas e aos braços.

Turíbio Leite de Barros, coordenador do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Unifesp, diz que, com o maior volume de sangue a cada batida, a frequência cardíaca em repouso cai até pela metade.

"Os batimentos de alguém que não é atleta e tem um coração normal vão a 70 por minuto. Atletas chegam a ter só 35", diz o fisiologista.

As modificações não param no coração. Pernas e braços ganham maios vasos. O corpo produz mais óxido nítrico, substância vasodilatadora. São mais, e mais abertas passagens para o sangue.

Para receber mais oxigênio, as células dos músculos ficam com mais mitocôndrias, as estruturas que produzem energia.

Barros afirma que essas alterações microscópicas são as primeiras a surgir quando a pessoa entra em uma rotina intensa de exercícios. Se o atleta para de se exercitar, elas regridem em dias.

Já as mudanças no coração levam anos, e demoram mais para sumir.

O médico da Unifesp explica que o fato de as mudanças não serem permanentes ajuda a diferenciar as adaptações no órgão causadas pelo exercício de doenças como a insuficiência cardíaca.

"Se mesmo depois de fazer exames ainda houver dúvidas, o médico pode pedir ao atleta que pare de treinar por alguns meses para ver se o coração diminui", diz Barros.

A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de morte súbita. Exercícios podem prejudicar quem tem o problema. Alguns sinais podem surgir nos treinos, como tontura e desmaio.

O esporte em si nunca foi ligado ao aparecimento da doença, afirmam os médicos.

Kopiler diz que atividades intensas, como maratonas, podem destruir células do coração, mas não há sinais de que isso afete a saúde.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CÃIMBRA, CONHEÇA AS CAUSAS E OS ALIMENTOS QUE AJUDAM A EVITÁ-LAS


Muito bem conhecida pelos atletas, a câimbra é uma sensação inconfundível. Corredores tanto amadores quanto profissionais são obrigados a conviver com este incômodo, que é classificado como um dos piores inimigos durante competições e que é responsável por muitas desistências.

“A câimbra é uma contração parcialmente involuntária dos músculos que ocorre em função do desequilíbrio hidroeletrolítico da área onde a dor aparece, ou seja, quando sentimos câimbra, nosso organismo está dando sinais de que é preciso repor água e sais minerais, como potássio e sódio, nesta região”, explica Raul Santos de Oliveira, médico do esporte.

Além disso, outros motivos podem causar o famoso desconforto, como exercício extenuante e uso de determinados medicamentos, por exemplo, os diuréticos, hipotensores e broncodilatadores, que fazem o corpo perder uma quantidade significativa de minerais.

Dieta alimentar correta!

A ausência de alguns sais minerais podem ser um dos principais causadores da câimbra, já que o corpo necessita de cálcio, sódio, potássio e até de vitaminas do complexo B, nutrientes perdidos durante a prática de exercícios físicos.

Sendo assim, alguns alimentos são imprescindíveis em uma dieta alimentar para diminuir a presença desta dor em treinamentos e competições. “Para acabar com esse problema, é necessário ingerir mais alimentos que contenham nutrientes essenciais para corrida, porém, também é recomendada uma avaliação dietética para saber qual nutriente esta carente na alimentação”, afirma Maria Gabriela Goulart, nutricionista.

Contudo, há outros causadores das cãimbras. A falta de hidratação é um dos principais motivos desse problema, exigindo mais água no organismo. “A água é de extrema importância para agir contra as câimbra, já que altera a diluição sanguínea e interfere diretamente no desequilíbrio hidroeletrolítico”, explica Maria Gabriela.

Porém, se câimbra ainda aparecer durante suas passadas, Santos explica o que deve ser feito neste momento de dor. “A melhor forma amenizar o problema seria alongar a área na hora da contração. Esta prática estimula a circulação local e promove a irrigação dos vasos e por consequência a reposição dos nutrientes perdidos, acabando com a dor em poucos segundos”, sugere.

Massagear a área, esfregando o músculo afetado também pode ser uma boa opção. O descanso é importante na recuperação da dor, por isso, quando sentir a cãimbra, é importante que o atleta não force os músculos, reponha os nutrientes perdidos e relaxe.

Confira a lista de alimentos indispensáveis para prevenir e agir contra a câimbra:

:: Abacate
:: Agrião
:: Água de coco
:: Alho
:: Ameixa seca
:: Banana
:: Beterraba
:: Brócolis
:: Carne vermelha
:: Couve
:: Espinafre
:: Farelo de aveia
:: Farelo de trigo
:: Feijão de soja
:: Feijão preto e branco
:: Frutos do mar (ostra, mexilhão, polvo)
:: Frutos oleaginosos (amêndoa, amendoim, nozes, avelã, pistache, castanha de caju, castanha do Pará)
:: Grão de bico
:: Melancia
:: Melão
:: Pinhão
:: Quiabo
:: Salmão
:: Semente de abóbora
:: Suco de laranja
:: Tomate
:: Truta
:: Tubérculos (batatas inglesa e doce, aipim ou mandioca, batata cará, inhame)

REAÇÃO À OBESIDADE



Desde a década de 1970 a proporção de brasileiros acima do peso só aumenta, mas a reação de governos e sociedade não consegue nem mesmo conter essa tendência, porque se limita a repetir lugares comuns. A avaliação é de Marle Alvarenga, pós-doutora em nutrição e saúde pública da Universidade de São Paulo (USP).

“Com as exceções dos bolsões de pobreza de sempre, especialmente no Nordeste e Norte, há um avanço generalizado da obesidade no Brasil”, diz a especialista. “Mas na hora de enfrentar o problema, o discurso fica sempre na mesma coisa. Sim, é preciso incorporar uma alimentação saudável e ter atividade física regular, mas na hora do ‘como’ não há políticas consistentes.”

Segundo Marle, o Brasil ainda carece de uma estratégia ampla de promoção da atividade física. “Tem de ser uma atividade física que as pessoas consigam fazer. Mas vão fazer que hora? Se a pessoa sai de casa às 6 da manhã e volta às 9 da noite? O risco é que fique parecendo que a culpa é só dos indivíduos, quando o erro é a falta de uma estratégia que funcione.”

Alimentação

Para piorar, as mudanças de perfil da sociedade brasileira nas últimas décadas fizeram com que as famílias tenham menos tempo, e foco, na questão da alimentação. “Há trabalhos interessantes, voltados à análise do valor do comer em família, que mostram que entre as crianças que se sentam à mesa com seus pais e irmãos para fazer as refeições os níveis de obesidade são menores”, conta Marle. Mas o problema é, cada vez mais, justamente conseguir reunir a família.

As escolas também têm, evidentemente, um papel fundamental, mas não conseguem dar sua contribuição. “Estão muito aquém do necessário, em geral as cantinas são um lixo”, aponta a nutricionista.

Finalmente, a propaganda de alimentos industrializados para o público infantil segue sem limitações importantes. Para Marle, essa publicidade explica em grande medida o avanço da obesidade infantil. “Desde quando uma criança vai achar uma maçã melhor do que uma ‘bolacha do Batman’? Um pão com queijo não vai vencer nunca um pacotinho brilhante com guloseimas, que ainda por cima vem com 5 figurinhas.”

Sem proibições

Por outro lado, uma estratégia proibitiva também não resolve o problema. “Simplesmente decretar que não se come doce, não se come gordura, isso é só radicalizar, além de ser algo inviável”, afirma Marle. A posição mais avançada no campo da nutrição é que é errado dividir alimentos entre bons e ruins. O foco é o consumo de um dado alimento em frequência e quantidade maior ou menor. “Não tem alimento proibido, que deva ser taxado como ruim, não saudável”, diz Marle.

“Como o foco tem sido emagrecimento, e não hábito alimentar saudável, o discurso dos profissionais da saúde muitas vezes tem sido irracional, e isso acaba contribuindo para o excesso de peso, porque tentam resolver na base do tudo ou nada.”

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A MUSCULAÇÃO E O MONSTRO


Corram, protejam-se, escondam-se porque vem aí àquele que é deformador, encurtador de crianças e adolescentes, masculinizador de mulheres, matador de velhinhos: A musculação.

Entre nós profissionais da área, acreditar nessas histórias seria como crer no mundo do Senhor dos Anéis, Matrix e coisas do gênero. Mas enquanto você ri, tenha convicção que uma boa parte da população leiga e até mesmo alguns profissionais de saúde, acreditam e levam a sério tais fantasias. São pessoas que vivem alheias ao conhecimento científico e que de um modo geral não possuem contato com profissionais de educação física ou com ambientes onde é praticado exercício físico sob supervisão.

Freqüentemente leio textos na mídia impressa e digital onde observo pessoas de todos os tipos manifestarem medos absolutamente irracionais sobre a prática da musculação. Embora haja riscos inerentes as três modalidades de exercício físico existentes, temer a prática de qualquer exercício é irracional porque o verdadeiro risco, que deveria ser o foco de preocupação por parte do público é a falta de acompanhamento de um profissional de educação física competente e não o exercício em si.

Devemos sim temer o fato de pessoas se exercitarem sem acompanhamento profissional. Esse é o verdadeiro risco e perigo, e portanto um temor racional. É bastante comum ver médicos e fisioterapeutas debatendo exercício físico junto a seus pacientes sem que haja qualquer menção a figura do profissional de educação física. Como se essa discussão do exercício sob supervisão de um profissional fosse irrelevante.

A prática de exercício sempre será minimamente segura na medida em que ela é prescrita e orientada por um profissional da área. Paradoxalmente, apesar de a musculação ser a mais segura entre as três modalidades de exercício, ela é a única que provoca temores irracionais nas pessoas. Ela é o culpado perfeito, o bode expiatório por excelência quando algo acontece e não se compreende a razão.

Na contramão, as outras duas modalidades, exercício aeróbio e de flexibilidade desfrutam de uma reputação de mocinhos, inofensivos, solução para todos os problemas, sem contra indicação, na visão do público leigo.

Precisamos acima de tudo do exercício crítico para exorcisar e combater aquele que creio ser o verdadeiro monstro que existe dentro de todos nós: A ignorância. Esse monstro às vezes é tão feio que é difícil de suportar.

Paulo Augusto M.Cesar Jr.

CINTURA LARGA AUMENTA O RISCO DE MORTE PREMATURA.


Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que pessoas que têm cintura larga têm uma chance maior de morte prematura, independentemente do IMC (índice de massa corporal, que mede a relação entre peso e altura).

A pesquisa da American Cancer Society sugere que cinturas maiores do que 110 centímetros nas mulheres e 120 centímetros nos homens dobram o risco de mortalidade em relação aos homens com cinturas menores do que 90 centímetros e mulheres com cinturas menores do que 75 centímetros.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 100 mil homens e mulheres com mais de 50 anos ao longo de nove anos.

O estudo também sugere que, entre as mulheres, a ligação entre cintura larga e maior risco de morte é maior entre aquelas com peso considerado normal.

Entretanto, os autores da pesquisa dizem mais estudos são necessárias para determinar a causa dessa relação entre cintura larga e mortalidade.

Causa de morte

O estudo, divulgado na publicação especializada Archives of Internal Medicine, analisou dados de 48.500 homens e de 56.343 mulheres, predominantemente brancos. No início do estudo, a idade média dos homens era de 69 anos, e das mulheres, 67.

Durante os nove anos do estudo, 9.315 homens e 5.332 mulheres morreram.

Os pesquisadores notaram que o risco de morte aumentava conforme o aumento da circunferência da cintura, independentemente de a pessoa ter peso normal, estar acima do peso normal ou de ser obesa.

A análise indicou um aumento significativo do risco entre os homens com cinturas maiores do que 110 centímetros ou em mulheres com cinturas a partir de 95 centímetros.

Mas apenas em homens e mulheres com cinturas muito largas (acima de 120 centímetros para homens e acima de 110 centímetros para mulheres) o risco de morte dobrou.

A causa mais comum de morte foi insuficiência respiratória, seguida de doenças cardiovasculares e depois câncer.

"Nossos resultados sugerem que, independentemente do peso, evitar o aumento na circunferência da cintura pode reduzir o risco de morte prematura", conclui o estudo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ESPORTES DEPOIS DOS 50 ANOS


Mais idade, mais corrida, mais saúde

A expectativa de vida vem aumentando e pessoas mais velhas descobrem, cada vez mais, os benefícios da prática de esportes, principalmente da corrida, para garantir a qualidade de vida

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os brasileiros estão vivendo mais. A expectativa de vida é de 68 anos e, em 2020, estima-se que sejam 30 milhões de pessoas com mais de 65 anos, 13% da população.

Esse crescimento traz, junto, a preocupação em manter saúde e qualidade de vida em qualquer idade.

Segundo o Institute for Social and Economic Research Essex University, os jovens gastam menos tempo com atividades físicas que os mais idosos. Britânicos entre oito e 19 anos gastam 25 minutos diários a menos com exercícios em relação aos com mais de 65 anos, e enquanto apenas 12% dos mais velhos são inativos, 22% dos jovens entre oito e 35 anos não fazem mais do que dez minutos de exercício por dia.

“A atividade física não reverte o envelhecimento, mas o desacelera”, diz Rosemary Rauchbach, mestre em atividades físicas pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria.

Com o tempo, as mudanças

Com os anos, uma série de alterações fisiológicas modificam o funcionamento do corpo. A principal é a perda da força muscular, que primeiro se dá na perna (quadríceps). Além das perdas estruturais, de tamanho e diâmetro de fibras, os músculos perdem conexão com o sistema nervoso e vascular, deixando-os inativos.

Com os músculos, perde-se também a capacidade aeróbia (uma caminhada, por exemplo, torna-se anaeróbia, sem metabolismo de oxigênio, e é preciso parar para descansar várias vezes).

Importante para o funcionamento muscular, o tecido conjuntivo também sofre. “Tudo que é formado por ele [cartilagens e tendões] perde elasticidade, fica mais rígido e menos fluído, dificultando o supor te de impactos”, explica Rosemary.

Lucas Samuel Tessutti, mestre em biologia funcional e molecular pela Unicamp (Universidade de Campinas) e doutorando do LABEX (Laboratório de Bioquímica do Exercício) na mesma universidade diz que, com a idade, diminui a capacidade neuromuscular, cardiovascular e endócrina. Nas mulheres, a redução da produção de estrógeno com a menor produção dos hormônios LH
(luteinizante) e folículo-estimulante (FSH) ainda traz outros problemas.

“Aos 48 anos, tinha osteoporose avançada e a recomendação de caminhar. Os resultados eram lentos e decidi acelerar os passos e correr. Curei a doença e guardo com carinho o último exame. A corrida me trouxe saúde, amigos e admiração”, diz Luzia Paduim Silva, 60.


Comece já!

Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, o sedentarismo, associado a uma dieta inadequada, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, que matam 300 mil pessoas por ano no país. Para Sérgio Perez, doutor em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e membro do laboratório de fisiologia do exercício da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), parte das doenças crônico-degenerativas (como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial e artrose) estão relacionadas aos prejuízos circulatórios.

Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Estadual da Califórnia acompanharam 91 corredores entre 50 e 60 anos para analisar se a corrida influenciava a redução de fatores de risco para contrair doenças cardiovasculares. A conclusão é que, durante o treinamento, os valores de pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicose sanguínea são inferiores (e superiores para os níveis de HDL, o bom colesterol) em comparação aos valores de indivíduos sedentários da mesma idade.

Por isso, não importa a idade, é hora de calçar o tênis e correr. Prova disto é que recentemente o canadense Ed Whitlock, aos 73 anos, fez 2h54min48s em uma maratona, tornando-se o primeiro homem com mais de 70 anos a finalizar os 42 km em menos de três horas.

Matéria da revista Sports Medicine mostrou os resultados de uma pesquisa realizada com atletas de alto nível depois que deixaram as pistas,e verificou que a perda da capacidade cardiovascular (consumo máximo de oxigênio – VO2 Máx) é maior para os que pararam de treinar.

A cada década o declínio da capacidade cardiovascular é de 0,5% para indivíduos treinados, 1% para indivíduos moderadamente treinados e 1,5% para indivíduos não-treinados. Ou seja, a perda cardiovascular é três vezes maior para aqueles que se tornaram sedentários.

“A capacidade oxidativa (aumento do tamanho e no número de mitocôndrias – produtoras de energia, aumento do tamanho e da quantidade de capilares sanguíneos e do número de fibras lentas) tende a ser menor com o envelhecimento, mas permanece mais alta após um período de treinamento”, explica Tessuti.

Além da saúde, a corrida traz ainda o benefício estético. “O envelhecimento da pele é causado pela diminuição da produção do colágeno”, explica Christiana Moron, mestre em dermatologia pela USP, membro da Academia Americana de Dermatologia e do Instituto Vita. Mas a atividade física regular e de intensidade moderada ativa a circulação sanguínea e estimula a produção de colágeno, minimizando o processo.

TREINAR EM PLATAFORMA VIBRATÓRIA "NÃO" TRAZ MELHORA NO RESULTADO DO TREINO.


Novo equipamento da moda no Brasil, a plataforma vibratória promete reduzir o tempo de um exercício de 60 para 12 a 15 minutos e ainda emagrecer, fortalecer os músculos e melhorar a capacidade cardiovascular. Apesar disto, não existem estudos que comprovem a eficácia do treinamento em superfícies oscilantes.

“A maioria dos estudos não mostrou maior eficiência em relação a um método convencional para ganho de massa ou perda de peso. Já o treinamento de flexibilidade feito após a exposição à vibração apresentou maior eficiência, assim como foram observadas melhoras na força e potência musculares em pessoas idosas ou com baixo nível de treinamento”, conta Mauro Batista, do Laboratório de Adaptações Neuromusculares ao Treinamento de Força da EEFE-USP, onde faz estudos com as plataformas.

A melhora na força em idosos também foi relatada por Marco Cardinale, um dos precursores em estudos de treinamentos sob vibração, segundo Rodrigo Ferraz, Coordenador preparação física Nutriaid.

“No Congresso Europeu de Ciências do Esporte, um dos melhores congressos sobre atividade física mundial, em 2008, Marco Cardinale mostrou dados que em pessoas sedentárias ou atletas não existe melhora alguma, tanto para força quanto para emagrecimento”, explica Ferraz.

O equipamento também é usado para tratar pacientes com dores e limitações. “Apesar de muitos pacientes terem restrições, em doentes com dor crônica não há resultados notáveis em relação à redução peso”, conta Marco leme, nutricionista do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP.

A plataforma vibratória é utilizada há aproximadamente 20 anos nas academias da Europa e dos EUA. Ela proporciona vibração para os músculos enquanto a pessoa pratica atividade física. O equipamento simula os movimentos da caminhada e faz com que os músculos se contraiam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

HIPERTENSÃO, DIABETES, FATORES DESENCADEADORES E ATIVIDADES FÍSICAS


A associação de diabetes com hipertensão arterial é relativamente freqüente, pois são doenças inter-relacionadas que, se não tratadas, aumentam o risco de enfarte, AVC e complicações nos membros inferiores.

A hipertensão é duas vezes mais comum em diabéticos e aumenta com a idade. No momento do diagnóstico da diabetes, a hipertensão já existe em cerca de 40% dos doentes, o que sugere uma associação de mecanismos entre as duas: a obesidade e resistência à insulina levam à hipertensão e esta agrava a intolerância à glicose.

Nos diabéticos, elevação da pressão arterial máxima è mais freqüente que nos não diabéticos. È muito importante definir grupos especiais de risco que têm a ver com a presença ou não de outros fatores, como o tabaco, o excesso de peso e a inatividade física. Está provado que se conseguem reduções maiores do risco cardiovascular só deixando de fumar do que só tratando a hipertensão com drogas. Os níveis de P. A. desejáveis no diabético são inferiores ao da população em geral, 130/85 mmHg segundo as recomendações internacionais e com um máximo aceitável de 140/90 mmHg. Estas recomendações sugerem que a pressão arterial deve ser avaliada pelo menos de 3-3 meses, quando estabilizada e de forma mais freqüente (uma ou duas vezes por semana) se estiver instável. O controle deve ser feito em conjunto com o autocontrole do diabetes já que valores elevados de glicemia ou de P. A. têm impacto recíproco.

COMO OS EFEITOS DO DIABETES AFETAM OS OLHOS

Flutuações do açúcar no sangue podem causar alterações na concentração do líquido no interior das células do cristalino, nome dado a uma lente natural localizada no interior dos olhos e causar embasamento visual temporário, principalmente se o controle da diabetes é pobre. O diabetes também pode causar catarata em pessoas jovens, ou acelerar o desenvolvimento de catarata em pessoas idosas.

A retinopatia diabética é uma das causas mais comuns de cegueira no Brasil em pessoas entre as idades de 30-65. Na população aproximadamente cerca 10% das pessoas com diabetes tem retinopatia que exigem acompanhamento médico ou tratamento. Diabetes pode afetar também outros órgãos e a severidade da lesão ocular observada na retina pode ser um indicador do aumento do risco de outras complicações da diabetes, como a doença isquêmica cardíaca, doença renal, ou neuropatia diabética (o que contribui para a impotência masculina e doença do pé diabético).

PREVENÇÃO

O bom controle dos níveis de açúcar no sangue do diabetes pode reduzir o risco de retinopatia em 60% no tipo I (insulino dependente) e 40% no tipo II (não-insulino dependente), e também irá reduzir o risco de outras complicações diabéticas.

Quando as pessoas desenvolvem retinopatia diabética, podem não apresentar nenhum tipo de sintoma na fase inicial da doença, daí a importância da avaliação precoce oftalmológica a fim de evitar estágios avançados da doença.

EXAME

Quando confirmado o diagnóstico de diabetes o paciente devera ser examinado de uma forma geral anualmente, com exames que incluem a acuidade visual, pressão ocular e o exame da retina sempre com a pupila dilatada.

PESO CORPÓREO E PRESSÃO ARTERIAL

OBS: A pressão arterial não é constante no decorrer do dia: Em repouso ou dormindo, com os músculos e os vasos relaxados, ela tende a cair. Quando fazemos esforço físico ou estamos agitados, nervosos ou submetidos a condições de estresse, tende a subir.
Existe relação direta entre peso corpóreo e pressão alta. O sobrepeso e a obesidade provocam alterações no metabolismo, que contribuem para que as terminações nervosas, responsáveis pelo controle da abertura e fechamento dos vasos (vasodilatação e vasoconstrição, respectivamente), mantenham os vasos mais contraídos.

Para vencer a resistência aumentada pela passagem do sangue, o coração é obrigado a fazer mais força. Resultado: aumento da pressão arterial. A falta de atividade física também contribui para agravar o problema.

SINTOMAS

Muitas pessoas acreditam que o aumento da pressão obrigatoriamente provoque tontura, sangramento nasal, dor de cabeça, palpitações ou pontos brilhantes que turvam a visão. Como nada sentem, passam anos sem medir a pressão.

A pressão arterial pode ficar elevada durante décadas sem que a pessoa desconfie. No dia a dia, os médicos se cansam de encontrar mulheres e homens com 18 x 12 de pressão (ou mais), que simplesmente desconhecem a condição de hipertensos.

Sintomas como dor de cabeça, pressão na nuca, sudorese excessiva, câimbras, palpitações cardíacas e micções freqüentes, geralmente atribuídos à pressão alta, na esmagadora maioria dos casos nada têm a ver com aumento da pressão arterial.

DIAGNÓSTICO

Como os sintomas da hipertensão surgem apenas nas fases avançadas da doença, quando as complicações já estão instaladas, é fundamental que odiagnóstico seja feito bem antes. A única forma de fazer o diagnóstico de hipertensão é medir a pressão arterial em períodos regulares para definir se a elevação foi uma ocorrência isolada, devido a situações específicas, ou se a doença já se instalou.

Hipertensão arterial é doença traiçoeira: em geral, só provoca sintomas em fases muito avançadas ou quando ocorre aumento abrupto e exagerado.

Quando mais cedo for diagnosticada a hipertensão, melhor o resultado do tratamento. Em crianças, o ideal é que a pressão seja medida a partir do primeiro ano de vida, nas consultas pediátricas.

« Nos adultos com pressão de até 12 x 8, basta medi-la uma vez por ano.

« Entre esse valor e 14 x 9, uma vez a cada 6 meses.

« Acima de 14 x 9, os controles devem ser muito mais freqüentes, dependendo de cada caso, porque nessa faixa a doença deve ser obrigatoriamente tratada.

O objetivo deve ser manter níveis de pressão que não ultrapassem 12 x 8, tanto em pessoas que apresentam pressão normal quanto nas que sofrem de pressão alta.

CAUSAS DA HIPERTENSÃO

O sistema circulatório dispõe de mecanismos muito sensíveis para manter constante a pressão no interior das artérias. Conhecemos esses mecanismos e as conseqüências de seus desarranjos, mas as causas responsáveis pelas alterações que levam ao aumento da pressão arterial são mais misteriosas.

Em 90 a 95% dos casos, não conseguimos descobrir a causa da hipertensão. Mas sabemos que a genes e outros fatores associados ao risco de desenvolvê-la. Alguns são evitáveis, outros não.

FATORES DE RISCO NÃO EVITÁVEIS: são inevitáveis porque nada podemos fazer para modificá-los:

1. HISTÓRICO FAMILIAR. Se um de seus pais tem hipertensão, você tem 25% de probabilidade de
desenvolvê-la no decorrer da vida. Quando pai e mãe são hipertensos, essa probabilidade sobe para 60%. Existem famílias em que a maioria dos adultos sofre de hipertensão. Nesses casos, a vigilância deve começar mais precocemente: Os cuidados preventivos devem ser adotados já na infância e as medidas da pressão, realizadas com mais freqüência.

2. IDADE.
Embora a hipertensão possa instalar-se em qualquer idade, os diagnóstico costuma
ser feito ao redor dos 35 anos. Ao atingir 50 anos, metade da população sofre de pressão alta. Depois dos 70 anos, 70% da população é hipertensa.

3. GÊNERO. Entre as pessoas de meia-idade, os homens são mais propensos à hipertensão. No entanto, depois dos 55 anos – quando a maioria das mulheres já atingiu a menopausa -, a relação se inverte e a doença se torna dominante no sexo feminino. As mulheres parecem desconhecer esse fato. É comum ver senhoras que insistem com os maridos para ir ao médico e controlar a pressão, mas que deixam de tomar esses cuidados consigo mesmas.

4. ETNIA. Como já vimos, a hipertensão é mais comum em pessoas negras do que em brancas. Nas negras, a doença costuma surgir em idade mais precoce, tende a ser mais acentuada e a progredir mais rapidamente. Por razões socioeconômicas, as pessoas negras e seus descendentes costumam descobrir que sofrem de pressão alta mais tardiamente, quando as complicações já estão instaladas.

FAVORES EVITÁVEIS

1. VIDA SEDENTÁRIA. Mulheres e homens sedentários apresentam batimentos cardíacos mais acelerados para que o sangue consiga vencer a resistência das artérias, que se tornam endurecidas por falta de atividade física. Essa resistência à passagem do sangue sobrecarrega o coração e cria as condições para hipertensão instalar-se. Além disso, a vida sedentária se acha ligada à obesidade, importante causa da doença.

2. OBESIDADE. Quanto maior o acúmulo de tecido adiposo (gorduroso), maior a massa corpórea e
maiores a freqüência cardíaca e o esforço que o coração deverá executar para levar o sangue aos tecidos. Além disso, o excesso de gordura aumenta os níveis insulina no sangue o que provoca retenção de sódio e de água. O aumento do volume líquido circulante faz a pressão subir.
« A perda de peso constitui a medida não farmacológica mais eficaz no tratamento da hipertensão.
« Ela também aumenta a eficácia dos medicamentos ante-hipertensivos em indivíduos obesos ou não. Para cada quilo perdido, a pressão cai em média 0,13 a 0,16 cmHg.

Assim, uma pessoa obesa que tenha pressão 15 x 10 (portadora de hipertensão estágio 1), ao perder 10 quilos, terá a pressão diminuída para aproximadamente 13,5 x 8,5, faixa considerada limítrofe. Se perder 20 quilos, sua pressão deverá voltar ao normal.

3. SÍNDROME METABÓLICA (OU SÍNDROME X. É caracterizada por um grupo de condições associadas, que incluem: Obesidade, diabetes tipo 2, alterações nos níveis de triglicérides/colesterol, acído úrico alto, pressão arterial elevada e risco aumentado de doenças cardiovasculares.

4. FUMO. A nicotina provoca contração temporária dos vasos (vasoconstrição) e aumenta a freqüência dos batimentos cardíacos. O monóxido de carbono da fumaça se acumula no sangue e desloca o oxigênio dos glóbulos vermelhos, fazendo o coração bater com mais força para compensar a redução de oxigenação. Com o passar dos anos, substâncias tóxicas existentes no fumo lesam as paredes internas das artérias, facilitando o acúmulo de placas de gordura, que bloqueiam o fluxo sanguíneo.

5. SENSIBILIDADE AO SÓDIO. O cloreto de sódio (sal de cozinha) é indispensável ao organismo. Entretando, para cada 9 gramas de sal ingerido, o corpo retêm em média 1 litro de água. Organismos que acumulam sódio com mais facilidade retêm líquido em excesso e podem apresentar tendência a hipertensão.
« Cerca de 60% dos hipertensos apresentam sensibilidade ao sal, característica que se torna mais evidente com a idade.
« No passado, aconselhava-se que os hipertensos retirassem todo o sal da comida. Hoje, recomenda-se a diminuição da quantidade de sal nos alimentos, mas não sua supressão completa.

6. CARÊNCIA DE POTÁSSIO. O potássio é um mineral muito importante para manter em equilíbrio a quantidade de sal e água que os rins excretam. Quando a dieta é pobre em potássio, os rins não conseguem eliminar sódio com eficiência. E, como já sabemos o excesso de sódio no organismo retêm água e aumenta a pressão arterial. Para evitar queda nas taxas de potássio, os hipertensos devem ingerir alimentos ricos nesse mineral (como banana, abacate, frutas secas, manga, papaia, alcachofra, abóbora, água de coco, carnes frescas e laticínios etc.).

7. ÁLCOOL EM EXCESSO. Álcool em pequena quantidade não afeta significativamente a pressão; seu efeito relaxante pode eventualmente reduzi-la. Para os homens, 1 a 2 drinques (1 drinque = 1 taça de vinho = 1 lata de cerveja = 1 dose destilado) por dia podem ser tomados com segurança, desde que não restrições específicas. Para as mulheres, essas doses devem ser reduzidas a metade. Estudos deixam claro que o consumo diário de 3 ou mais doses praticamente dobra o risco de hipertensão. Além de aumentar a pressão, o excesso de álcool pode lesar o coração, o fígado e outros órgãos.

8. ESTRESSE. O estresse geralmente causa aumento temporário da pressão. Quando se tornam persistentes e continuados os picos hipertensivos podem lesar artérias, rins e o próprio coração.

Procure controlar os níveis de estresse. Mudanças no estilo de vida, atividades físicas e técnicas de relaxamento são boas alternativas.

TREINAR EM JEJUM, É CORRETO?


A prática da atividade física é um desafio para alguns. Para outros é uma forma de prazer e de bem-estar. Há aqueles ainda que escolhem algum esporte com o intuito de melhorar a saúde e emagrecer. Este tipo de exercício, que visa o emagrecimento, merece, porém, cuidados diversos, especialmente para que a massa magra seja preservada.

Não é raro encontrarmos pessoas que treinam em jejum, com o intuito de elevar a queima de gordura. Durante o jejum, de fato, a gordura é disponibilizada para a queima e fornecimento de energia. Porém, o que muita gente não sabe, é que este processo é limitado. Assim, a partir de um certo momento (o que depende da modalidade, intensidade e tempo da atividade), o organismo começa a queimar massa magra com a finalidade de fornecimento de energia para a atividade.

Somado a isto, durante o jejum, há uma redução da glicose sanguínea o que faz com que o organismo entenda que há uma deficiência de carboidrato e se previna, poupando a retirada de glicose do sangue pelos tecidos. Este processo, repetidamente, pode fazer com que a glicemia fique elevada, aumentando o risco de diabetes.

O jejum também tem outros riscos, como o de aumentar o acúmulo de gordura, já que, recebendo alimento poucas vezes ao dia, o organismo estoca energia para os momentos de fome. Comer com mais frequência mantém o metabolismo funcionando adequadamente, evitando que o organismo acumule nutrientes em forma de gordura, o que contribui para a manutenção da boa forma.

Durante a atividade, o impacto da ausência de alimentos é ainda pior. Falta de disposição, desânimo, visão turva, cansaço são sintomas que podem aparecer e prejudicar a atividade.

Por todos estes motivos, a prática de um esporte em jejum é contra-indicada. A melhor opção é mesmo fazer uma refeição cerca de 30 a 40 minutos antes de iniciar o seu exercício. A composição desta refeição deve ser planejada de acordo com o seu hábito alimentar, com seu peso e com as características da modalidade esportiva praticada. Além disto, dependendo do tempo da atividade e do esporte que você escolher, pode ser preciso algum tipo de bebida ou de alimentos durante o exercício.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A importância do café da manhã


Um estudo sobre o comportamento alimentar de adultos, desenvolvido pela Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, acompanhou quase três mil voluntários durante oito anos e concluiu: pular a refeição matinal pode aumentar os riscos para várias doenças. Segundo os pesquisadores, a probabilidade de se tornar obeso, diabético ou de ter um enfarto é duas vezes maior entre os que preferem ficar de estômago vazio.

Recusar alimentos pela manhã também afeta a aprendizagem e o desempenho escolar das crianças. Pesquisa com 100 estudantes do ensino fundamental em Boston (EUA) demonstrou que ingerir poucos nutrientes nesse horário pode contribuir para a redução da freqüência, da pontualidade e das notas no colégio. Já a garotada habituada a comer corretamente tem mais chances de passar de ano. Uma iniciativa do governo norte-americano em instituições públicas de ensino, o Programa Café da Manhã na Escola, demonstra que, entre outras evoluções no aprendizado, os alunos melhoraram a agilidade de raciocínio, a memória e a performance em matemática e leitura.

Comer ao acordar faz toda a diferença
Evidências da importância do desjejum para a saúde do corpo e da mente aparecem a cada dia. E não é de hoje que se ouve falar dos seus benefícios. Afinal, quem nunca recebeu um sermão dos pais e foi obrigado a tomar pelo menos uma xícara de leite antes de sair de casa? Ou testemunhou alguém dizer que a primeira refeição do dia é a mais importante?

Ainda assim, muitos continuam sem entender por que comer ao acordar pode fazer tanta diferença. Os especialistas são unânimes e explicam: há pelo menos cinco boas razões para não subestimar o café da manhã. Confira!

1 É fonte de energia
Aquela preguiça ao acordar não é somente culpa de uma noite agitada. Enquanto dorme, o corpo precisa manter a respiração e outras funções vitais. Em oito horas de sono, esse trabalho consome cerca de 500 calorias e provoca a diminuição dos níveis de glicose, principal fonte de energia para o cérebro e os músculos. “Se não nos alimentamos o suficiente ao despertar, o organismo busca outras fontes de energia. E o rendimento cai”, avisa a endocrinologista Silmara Leite, diretora do Centro de Diabetes de Curitiba (PR). Resultado: a sensação de cansaço e as dificuldades de concentração poderão perdurar o dia inteiro.

2 Ajuda a emagrecer
Começar a fazer dieta e cortar o café da manhã é um erro. A atitude, inclusive, colabora para o ganho de peso. A nutricionista Daniela Oliveira Magro, do Centro de Cirurgia da Obesidade, da Unicamp (SP), revela: dos 900 pacientes que passaram por lá desde 1998 e foram submetidos à redução de estômago, 75% não comiam direito ou não tinham o hábito de se alimentar ao acordar. “Quem fica muito tempo em jejum exagera na hora do almoço e favorece a sobrecarga metabólica”, afirma. Se isso vira hábito, os quilos extras são inevitáveis. “As células captam os nutrientes e as calorias de uma vez. E sem gasto de energia, a sobra vai sendo armazenada em forma de gordura”, completa a doutora em fisiologia e nutrição Josefina Bressan Monteiro, professora da Universidade Federal de Viçosa (MG). Um café da manhã sem excessos, portanto, contribui para a reeducação alimentar.

3 Melhora o humor
Os nutrientes elevam a taxa de serotonina no cérebro, provocando sensação de bem-estar. Quem acorda com o cheiro do café e pode saboreá-lo sem pressa, então, tende a ficar mais animado. Conseguir parar alguns minutos nessa correria diária é uma oportunidade para refletir sobre a vida. “Há quem não queira esse tempo livre, por temer encarar os problemas”, alerta a psicóloga Sandra Orsolano, do Projeto de Atendimento ao Obeso (PRATO) do Hospital das Clínicas (SP).

4 Fortalece a imunidade
Uma xícara de leite com café, pão com margarina e uma fruta reúnem proteínas, carboidratos, gorduras boas e fibras, mantendo o corpo forte e longe de doenças. Como um bom desjejum representa 20% a 25% de tudo o que ingerimos no dia, não pular a refeição é uma forma de garantir boa parte dessas substâncias no organismo.

5 Prolonga a vida
Os chineses acreditam que ficar em jejum vai contra os princípios da natureza. “É pela manhã, quando há o predomínio da energia Yang, que as pessoas estão mais ativas, dispostas e no auge de suas forças. Por isso, precisam de uma refeição energética e nutritiva”, explica o médico Ysao Yamamura, chefe do Setor de Medicina Chinesa e Acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Tomar café da manhã, para os orientais, não depende só de hábito, mas de instinto — como ocorre com os animais, que têm seus horários para buscar alimentos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

EXERCÍCIOS X ALIMENTAÇÃO


Tão importante quanto praticar exercícios é ficar de olho na alimentação. Se alimentar corretamente antes de qualquer atividade física tem dois objetivos: evitar a fome e o cansaço e manter os níveis de glicose adequados para os músculos poderem utilizá-la como energia. Portanto, é importante fazer sempre uma refeição ou lanche antes de se exercitar. Nunca fique em jejum, mas também não vá de barriga cheia, uma vez que os dois extremos atrapalham o rendimento na atividade. E essa é só a primeira dica!

Outro ponto importante é: tenha cuidado com alimentos ricos em açúcar e com os de alto índice glicêmico - mel, balas, doces e refrigerantes. Eles podem causar um aumento rápido da glicose sangüínea, provocando uma resposta imediata da insulina. Como conseqüência, você pode ter hipoglicemia e sensação de fraqueza durante o treino.

Se antes da atividade física você for fazer uma refeição grande, coma até duas horas ou duas horas e meia antes. Priorize carboidratos arroz, feijão, macarrão, batata, etc), sem esquecer da proteína (mas não exagere!). Evite a gordura, pois ela atrapalha a digestão, podendo prejudicar o treino.

Se for fazer uma refeição pequena, como um lanche, faça-a no máximo uma hora e meia antes do exercício, para que o alimento possa fornecer energia aos músculos. A melhor opção são os carboidratos, fontes de energia por excelência: pães, torradas, biscoitos, frutas, barras de cereal, etc.

Para a recuperação muscular, é importante não demorar a comer depois do treino. Tente se alimentar até 30 ou 40 minutos após a atividade e depois faça pequenas refeições de três em três horas. A melhor recuperação pós-treino é feita com carboidrato e proteína, essenciais para recompor os músculos. Se a alimentação não for adequada, há maior chance de fadiga e cansaço muscular, além da perda de rendimento nos próximos dias de exercício.

Por fim, não esqueça que a nutrição não diz respeito apenas aos alimentos, mas também à hidratação. É importante tomar cerca de 150ml de água a cada 15 minutos para evitar a desidratação. Dependendo do tempo de treinamento e do objetivo pessoal, pode-se optar, também, por bebidas energéticas para fornecer energia aos músculos que estão sendo acionados.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

MUSCULAÇÃO NA DOSE CERTA PARA CICLISTAS


Muitos ciclistas ainda duvidam da eficácia da musculação no treinamento. Por muito tempo se acreditou que a musculação traria mais prejuízos que benefícios para nós, ciclistas. Entretanto, com o avanço das pesquisas na área de fisiologia do esporte, hoje o treinamento com pesos é visto com outros olhos.

Atletas da elite do ciclismo mundial fazem uso da musculação como uma forma de preparação e reforço dos músculos no início da temporada. Em especial aqueles ciclistas que vivem no hemisfério norte, onde o inverno é rigoroso e o treino de estrada é impraticável.

É preciso deixar bem claro que o objetivo de um ciclista não é o mesmo que de um fisiculturista que quer ganhar grande volume de massa muscular. Para o ciclista – e também o triatleta e o mountain biker – o importante é construir fibras musculares com boa qualidade para agüentar os treinamentos e as provas durante o ano todo.

Um ciclista muito musculoso é um ciclista pesado e vai ter mais trabalho nas subidas. É importante observar que um ciclista não deve ter uma área frontal – tórax e braços – muito desenvolvida, para ser mais aerodinâmico. Quanto mais longilíneo, melhor.

MELHORES FIBRAS

Ainda não há estudos que digam com precisão o quanto um ciclista pode melhorar com a musculação, mas uma coisa é certa: quando bem dosada a musculação somente trará benefícios ao atleta do ciclismo. Alguns autores norte-americanos afirmam que um ciclista, quando bem orientado no treino de musculação, pode ter uma melhora de até 10% em sua performance. Nada mal!

Wilson Germano, ciclista, professor de Educação Física, fisioterapeuta e introdutor do Ciclismo Indoor no Brasil, aconselha: “Ciclistas já têm um trabalho contínuo em cima da bike. O estímulo para os membros inferiores é diário”. Germano afirma que um bom trabalho de musculação voltado para cicistas deve procurar melhorar a qualidade das fibras musculares e ao mesmo tempo aumentar a resistência muscular localizada para suportar um grande volume de treinos e as provas mais duras.

“É impossível separar o corpo”, afirma. O programa de musculação não deve negligenciar os membros superiores, afinal braços, abdômen, lombar e ombros, são responsáveis pela sutentação do biker sobre a bicicleta.

Se no hemisfério norte os ciclistas se preparam na academia durante o inverno, no Brasil a situação é semelhante. Do final de novembro, até meados de fevereiro e início de março, as competições são bem escassas e um ciclista esperto pode aproveitar estes meses para se dedicar à musculação. “Um atleta de ponta pode fazer uma pré-temporada de musculação e, mais tarde, no meio da temporada, se estiver ocorrendo uma fadiga na musculatura, ele pode fazer novamente o trabalho de musculação. Vai do calendário de cada atleta”.

Atletas iniciantes podem fazer musculação o ano todo, sempre com muito critério e tendo em mente que exercícios com peso na academia servem para melhorar a qualidade das fibras musculares. Seu objetivo é ser um ciclista melhor e não hipertrofiar músculos para a satisfação de seu professor. O ciclista deve ter manter sempre o foco no ciclismo como objetivo principal.

ALONGAMENTOS

Um fato que muitos ciclistas que treinam musculação reclamam é a sensação de “enrijecimento” da musculatura. Normalmente esta sensação é sintoma da falta de alongamentos adequados. Procure seguir as dicas do seu professor e faça sistematicamente os exercícios de alongamentos recomendados. “Não adianta simplesmente fortalecer e dar resistência à musculatura. A musculatura, quanto mais alongada, mais aporte sanguíneo vai proporcionar ao músculos. E, quanto mais encurtada, mais suscetível a lesões.”, ensina Germano.

A MUSCULAÇÃO

A indicação do treino de musculação começa com uma conversa onde o futuro aluno vai expor suas necessidades ao professor. Um treino de musculação para um ciclista escalador da elite é diferente de um treino destinado a um piloto de BMX. Só para exemplificar: um piloto de BMX precisa de um treino específico para uma competição que dura em média 1min40s e que é de grande explosão. Já um ciclista escalador vai competir em provas que chegam a durar seis horas e atravessam altas montanhas.

O segundo passo é indispensável: uma boa avaliação física que vai coletar os seguintes dados: VO2 Max do aluno, contração muscular, qualidade da fibra muscular, percentual de gordura, índice de alongamento etc. Germano aconselha que se faça uma outra avaliação física após três meses de trabalho de musculação para uma reavaliação do aluno.

Com os dados da avaliação na mão é hora de ir para a sala de musculação e determinar a quantidade de exercícios. Para isso, o aluno é submetido a um teste de carga máxima que vai determinar a carga (os pesos) e o número de repetições dos vários exercícios.

Como o objetivo é melhorar a qualidade das fibras musculares e aumentar a resitência muscular Wilson Germano recomenda um número maior de repetições e uma carga de trabalho por volta de 60-65 % da carga máxima suportada pelo aluno. “Eu recomendaria de 4 a 5 séries com 15 a 20 repetições para cada exercício”.

GRUPOS MUSCULARES

Obviamente, ciclistas usam principalmente os músculos dos membros inferiores para fonte de tração. Desses, os quadríceps, são os mais exigidos em uma pedalada. Os quadríceps (quadri = quatro e ceps = cabeça) são formados por quatro músculos: vasto medial, vasto lateral, vasto intermédio e reto femural.

Os quadríceps fazem a extensão do joelho e são responsáveis pela fase de aceleração da pedalada [quando empurramos o pedal para baixo]. Isso representa cerca de 39% do trabalho total do ciclo do pedal. Os extensores do quadril, que também ajudam na fase de aceleração, representam 27,7% do trabalho total do ciclo do pedal. Os músculos flexores do tornozelo e do joelho representam 20 e 10%, respectivamente, do trabalho da pedalada.

São estes músculos que terão maior atenção no trabalho de musculação, sem esquecermos do tronco e dos membros superiores: lombar, abdômen, braços e ombros.

ALONGAMENTO


O que são Alongamentos?

Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior a sua flexibilidade. Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.

Por que fazer alongamentos?

Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. O exemplo mais completo de inatividade gerando perda de flexibilidade muscular é a imobilização de um membro após uma fratura. Por um tempo, ao retirar o gesso, por um período de tempo, ocorre a perda quase completa dos movimentos daquele membro. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade. Nos dois casos, a conseqüência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas osteomusculares. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto nos sedentários, como nos atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado à uma musculatura abdominal fraca. Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

Quando alongar?

É importante alongar adequadamente a musculatura logo antes de iniciar uma atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir, protegendo e melhorando o desempenho muscular. Além disso, como não é raro que a prática de exercícios provoque dores musculares 24 horas após o seu término, alongar-se imediatamente após o exercício reduz o aparecimento da Dor Muscular Tardia. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos podem também ser feitos, praticamente, a qualquer hora. Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer bem estar.

Como alongar?

Antes de mais nada, é importante aprender a forma correta de executar os alongamentos, para aumentar os resultados e evitar lesões desnecessárias. Inicie o alongamento até sentir uma certa tensão no músculo e então relaxe um pouco, sustentando por 30 segundos, voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves. O mesmo alongamento pode ser repetido, buscando alongar um pouco mais o músculo, evitando sentir dor. Para aumentar o resultado, após cada alongamento, o músculo pode ser contraído por alguns segundos, voltando a ser alongado novamente. É a técnica chamada de alonga – contrai - alonga. De uma forma geral, sempre devem ser preferidos os alongamentos estáticos, em detrimento dos dinâmicos, que são o resultado de movimentos amplos e bruscos dos músculos. Ao contrário dos alongamentos estáticos, os dinâmicos, ou também chamados de alongamentos balísticos, propiciam o desenvolvimento de lesões musculares.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

PEDALE E SINTA-SE MELHOR!


A bicicleta é um meio de transporte utilizado por milhões de pessoas no mundo inteiro. Além de oferecer uma alternativa ao tráfego congestionado das grandes cidades, o ciclismo, desde que praticado de forma correta, pode ajudá-lo a emagrecer e a ficar em forma para o verão.

No meio esportivo, a bicicleta é usada em modalidades como triatlo, decatlo, ciclismo, mountain bike e BMX. Há ainda o spinning, que é praticado nas academias. A bicicleta ergométrica também é um ótimo exercício.

BENEFÍCIOS » A atividade reduz o colesterol, a pressão arterial, ajuda a controlar o diabetes e diminui o risco de doenças coronarianas, além de contribuir para a redução da obesidade e fortalecer os músculos dos membros inferiores.

PRECAUÇÕES » Capacete, óculos (protege não só dos raios solares, mas de insetos e poeira) e luvas (são as mãos que tocam primeiro o chão) são itens de segurança essenciais para quem pratica o esporte.

Principiantes devem começar em ruas tranqüilas até desenvolverem a confiança necessária para enfrentar o trânsito.

INÍCIO » Nas primeiras semanas, pedale por 30 minutos, com ritmo leve moderado, em local plano. Após um mês, tente pedalar por uma hora. Comece com 15 minutos em ritmo lento e passe para 45 minutos em velocidade moderada. Sempre três vezes na semana e em dias intercalados.

Com o tempo, você passa a conhecer seus limites e pode aumentar o período de treino. Sempre tenha cuidado para não exagerar na carga de exercício. Caso sinta-se mal, pare imediatamente a atividade.

FIQUE ESPERTO » Uma dica importante é usar roupas claras ou coloridas. Isso facilita a visualização dos motoristas. Fique atento com automóveis saindo ou entrando de garagens, veículos dando marcha a ré e pedestres distraídos cruzando a rua.

Alimente-se com uma fruta ou suco 30 minutos antes, durante e logo após o exercício. Beba pequenas quantidades de água filtrada.

ACADEMIAS

Quem não tem grande intimidade com a bike, pode optar pelo spinning. Neste exercício, a pessoa pedala uma bicicleta ergométrica especial, como se estivesse participando de uma corrida ao ar livre.

Quase todas as academias atualmente têm aula de spinning. Um instrutor, também montado em uma bicicleta, comanda o exercício.

Como em qualquer esporte, o alongamento dos músculos antes e depois dos treinos é extremamente importante para evitar lesões. A atividade exige um grau razoável de condicionamento físico. Se você é iniciante, prefira uma bicicleta ergométrica convencional e, é claro, procure um médico antes de começar a atividade.

A escolha da bike também é importante. Mas, antes de comprar aquela bicicleta caríssima, procure analisar como ela será usada. Pretende apenas passear nos finais de semana? Quer investir pesado e tornar-se um competidor?

Existem modelos para todos os gostos e bolsos. Com o tempo, você vai encontrar a bicicleta que mais "se parece" com você.

ATIVIDADE FÍSICA PREVINE A INSÔNIA




Em muitos casos, o exercício pode reduzir ou até eliminar a necessidade de tomar remédios para dormir.

Quer dormir bem? Então, mexa-se. Esta é a recomendação de especialistas em sono: atividades físicas regulares levam o indivíduo a fazer as pazes com o travesseiro. E, em muitos casos, o exercício pode reduzir ou até eliminar a necessidade de tomar remédios para dormir.

– O ideal é praticar uma atividade física quatro vezes por semana, por pelo menos 40 minutos. E a intensidade do exercício vai depender do condicionamento físico da pessoa. Para quem é sedentário, começar pela caminhada já vai trazer uma boa melhora – diz a neurologista Andrea Bacelar, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono.

Segundo a especialista, o ideal é fazer estas atividades físicas pela parte da manhã. Se a pessoa só tiver disponibilidade no fim da tarde ou à noite, o indicado é evitar fazer o exercício quatro horas antes de dormir:

– A atividade física libera hormônios como a endorfina, que relaxa. Mas também libera a adrenalina, daí o alerta para evitar se exercitar antes de dormir.

Além disso, praticar a atividade de manhã faz com que o organismo funcione melhor, proporcionando um bem-estar físico e mental. Isto acaba se refletindo na qualidade do sono.

– Quem pratica esportes ou atividades físicas regulares tem um tempo total de sono maior e também uma maior quantidade de sono profundo, que é fundamental para o cérebro processar novas informações – diz.

O exercício ajuda a dormir, e vice-versa, num círculo virtuoso. Dormir bem, dá mais vigor ao organismo para praticar atividades físicas, pois libera o hormônio do crescimento, até mesmo na idade adulta.

– No adulto, este hormônio recupera a musculatura e ajuda a reduzir riscos de osteoporose – diz a neurologista.

Por outro lado, dormir mal tem consequência a curto e a longo prazo. A curto prazo, causa irritabilidade, cansaço, déficit de atenção. A longo prazo, baixa a imunidade, antecipando doenças degenerativas, como hipertensão e diabetes.

Metade dos adultos brasileiros tem queixas em relação à qualidade do sono: ou não tem tempo para dormir, por causa dos afazeres do cotidiano; ou demoram a pegar no sono; ou dormem tão mal que acabam passando dia cansados, segundo uma pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia, de 2009. Isto sem falar na insônia propriamente dita, um mal que atinge 20% da população mundial, de acordo com estudo da Sleep Foudation, dos EUA.

– O quadro de insônia crônica se configura partir de um mês sem conseguir dormir direito. Então, é a hora de procurar um médico – diz a neurologista.

ATIVIDADES FÍSICAS DEVEM SER INICIADAS NA INFÂNCIA, DESTACAM ESPECIALISTAS


Atividades físicas devem ser iniciadas na infância, destacam especialistas
Treinar desde jovem só poderá trazer benefícios, pois o exercício estimula a liberação de hormônios importantíssimos para o desenvolvimento.

A prática de atividades físicas deve ser um hábito criado desde a infância. De acordo com os especialistas, há muitas dificuldades em se adquirir esse hábito, porque as pessoas começam já adultas - isso porque, muitas vezes, pais e professores entendem ser errado crianças e pré-adolescentes iniciarem atividades físicas regulares, sobretudo em relação às atividades oferecidas por academias, no processo de fortalecimento da musculatura e resistência.

No entanto, hoje, profissionais da área discordam desse conceito e confirmam que as atividades devem ser muito mais que aquelas sugeridas pelas aulas de educação física nas escolas, que são jogos e atividades em grupo com o único objetivo de socializar e criar o espírito competitivo e valores éticos - também muito importantes para o processo de crescimento humano.

"O mito que se criou sobre crianças não poderem praticar atividades físicas nas academias já está sendo derrubado. Na realidade, treinar desde jovem, se bem orientado em relação aos tipos de exercícios que se realizará na academia, só poderá trazer benefícios, pois o exercício com pesos estimula a liberação de hormônios importantíssimos para o desenvolvimento, como o hormônio do crescimento e os hormônios sexuais", afirma Daniel Kazu, especialista em fisiologia pela Escola Paulista de Medicina.

O especialista destaca, porém, que tudo isso deve ser feito de maneira programada e muito bem orientada, justamente em razão do processo de crescimento da criança. "O que deve ser evitado é exercícios com sobrecarga na coluna, como agachamento com barra, e não utilizar cargas máximas em repetições muito baixas", explica.

Muitas academias não permitem a entrada de crianças apenas em razão de possíveis acidentes. O maior problema apontado seria a imaturidade da criança ou jovem, pois eles tendem a se machucar com maior frequência.

"Por isso, é mais natural a presença de meninas nas academias, já que elas amadurecem mais rapidamente: as meninas iniciam em torno dos 13 anos e eles somente a partir dos 15 anos. Desta forma, se for fazer a musculação quando criança ou muito jovem, recomenda-se acompanhamento especial", avalia o especialista.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

ESCORREGÕES EXPLICAM PORQUE VOCÊ NÃO EMAGRECE


21 escorregões explicam por que você não emagrece

O ponteiro da balança só desce quando as birras ficam de lado
Você vive de dieta, mas o ponteiro da balança parece conspirar contra você. Ele permanece estável, sem levar em consideração todo o esforço que você anda fazendo para manter a boca controlada. Antes de colocar toda a culpa em cima da balança e achar que tudo não passa de uma rixa pessoal, cheque a lista abaixo com 21 motivos que fazem você não emagrecer.

1-Esquecer de pôr fibras no cardápio.
As fibras estão relacionadas à maior saciedade. Ou seja, menos fibras é
igual a mais comida e, portanto, mais calorias. Cereais integrais, frutas, legumes e verduras respondem como boas fontes do nutriente. Provavelmente, uma alimentação carente nestes alimentos é composta por ingredientes mais calóricos, o que leva ao ganho de peso.

2- Repetir sempre o mesmo menu.
Pessoas que desejam emagrecer seguindo uma alimentação monótona
desistem mais fácil do projeto de emagrecimento. Variar os tipos de alimentos, texturas e sabores é um dos segredos para perder peso com saúde.

3- Pular refeições.
Ao pular refeições, você só faz com que a fome se acumule. Fome acumulada pode significar descontrole e excesso alimentar em algum período do dia. Além disso, não realizar, pelo menos, cinco refeições por dia, faz com que a quantidade de nutrientes importantes para o corpo não seja fornecida adequadamente.

4- Estipular metas difíceis de serem atingidas.
Estabelecer metas de grande perda de peso, em pouco tempo, pode surtir efeito contrário e levar à desistência do projeto. Estabeleça pequenas metas durante o processo de emagrecimento. As vitórias ao longo do caminho servem como estímulo e mostram que é possível chegar ao peso desejado , aconselha.

5- Beber pouca água Zero calorias e muitos benefícios.
Mesmo assim, muita gente faz cara feia na hora de beber água (2 litros é a dose mínima por dia). Além de fundamental para se manter bem hidratado, o consumo de água durante o dia retarda a sinalização de fome. Portanto, ela está envolvida com a menor ingestão de alimentos, diminuindo as calorias diárias.

6- Comer depressa demais.
Quando você faz refeições rápidas demais não dá o tempo necessário para o cérebro entender que o estoque de alimentos foi reposto e que, portanto, você pode parar de comer. É preciso reservar, pelo menos, 30 minutos para fazer as refeições. Ingira os alimentos calmamente, em um ambiente tranquilo, evitando comer na frente do computaor ou da televisão.

7- Extrapolar na quantidade dos alimentos.
A moderação é mais um segredo para ver o ponteiro da balança descer. Ingerir uma quantidade de alimentos além da necessária leva ao excesso calórico que, por sua vez, resulta no ganho de peso.

8- Dar importância desmedida ao regime.
Focar toda a sua atenção à dieta, não é nada estimulante. Pensar no cardápio equilibrado a todo momento leva a uma sensação de privação e punição por ter adquirido os quilinhos extras. Veja positivamente sua mudança de hábitos alimentares. Quando menos esperar, o emagrecimento vai aparecer , incentiva a nutricionista.

9- Beliscar o tempo todo.
Beliscar o dia todo faz com que você perca a noção da quantidade de alimentos ingeridos. O melhor a fazer é estipular horários para pequenos lanches entre as refeições principais. Isso ajuda muito a evitar qualquer tipo de excesso , garante a especialista.

10- Dispensar legumes e verduras.
Fazer dieta, para você, é sinônimo de cortar calorias (a inclusão de alimentos saudáveis é só um adicional). Grande engano, já que legumes e verduras são indispensáveis na mesa. Além dos inúmeros nutrientes que oferecem, os vegetais são ricos em fibras e saciam sua fome mais rapidamente. Deixar de ingeri-los leva a um maior consumo de alimentos e calorias, prejudicando assim, o emagrecimento.

11- Ignorar as informações dos rótulos.
As informações contidas nos rótulos dos alimentos são as melhores armas para os consumidores encherem o carrinho de compras saudáveis. Analisando as tabelas, dá para saber se a porção do alimento tem calorias excessivas, nutrientes importantes, ou ainda, se é rica em gorduras e açúcares.

12- Sofrer com a ansiedade pelos resultados.
Evite se pesar em diversos momentos do dia. A variação apontada pela balança é normal em diferentes horários e até em dias consecutivos. Essas mudanças, principalmente quando o ponteiro sobe, podem desanimar quem está de dieta. Por isso, pese-se somente a cada sete dias, com menos roupas possíveis, no mesmo horário e na mesma balança.

13- Cometer deslizes nos finais de semana.
Muitas pessoas fazem um pequeno deslize se transformar em início da desistência do projeto de emagrecimento. Para se prevenir, fuja de situações que incentivam o excesso. Caso já tenha extrapolado, volte à dieta logo em seguida, sem restrições exageradas para compensar as calorias a mais.

14- Não praticar exercícios.
Por aumentar o gasto calórico, as atividades físicas são excelentes meios para acelerar o emagrecimento. Outros pontos positivos dos exercícios é que eles diminuem a porcentagem de gordura corporal e aumentam a massa magra. Como os músculos queimam mais calorias, as atividades físicas ainda ajudam na manutenção do peso.

15- Ser fã dos chopinhos nas happy hours.
O típico encontro com os amigos após o expediente pode ser uma armadilha para quem quer emagrecer. Chope, batata frita, amendoim e salgadinhos esbanjam calorias e nunca faltam nas happy hours. Você não precisa deixar de sair com os amigos, mas proponha bares e restaurantes que oferecem opções de petiscos mais saudáveis.

16- Não substituir as frituras pelos grelhados.
Se você ainda não se convenceu de que precisa substituir os alimentos fritos pelos grelhados, aí vai uma boa causa: eles têm o dobro ou mais calorias que suas versões assadas ou feitas na chapa. Prefira sempre o grelhado.

17- Ceder aos doces.
Na lista de campeões em gorduras e açúcares, os doces certamente levam a um excesso calórico. Se a vontade for muita, opte pelas menores porções.

18- Acreditar em dietas milagrosas.
As dietas altamente restritivas são caminho certo para o abandono do plano de emagrecimento. Opte por uma dieta equilibrada que faça com que a redução de peso seja gradual, mas efetiva.

19- Deixar de incluir lanches entre as refeições principais.
Deixar intervalos grandes entre um prato principal e outro faz você chegar faminto às refeições. Não fique mais que quatro horas sem se alimentar. Garanta isso fazendo pequenos lanches.

20- Exagerar na determinação
Quando a vontade por alguma tentação aperta, você resiste bravamente. A atitude exemplar nem sempre é a mais ideal. Acumular vontade pode levar a um descontrole mais adiante. Se a vontade de comer um doce for muito grande, por exemplo, coma um bombom ou uma barrinha pequena de chocolate. Assim, você evita comer a caixa de bombons inteira em algum outro momento.

21- Tomar refrigerantes
As bebidas gaseificadas dão uma falsa sensação de saciedade. O que acontece é que, logo após uma refeição, você volta a sentir fome mais cedo e passa a beliscar. Para acompanhar as refeições, opte por um copo de água ou de suco natural.

PORQUE SENTIMOS DORES APÓS A ATIVIDADE FÍSICA


Quem já não sentiu dor depois de fazer exercícios, principalmente quando se inicia uma atividade física? A dor é inevitável tanto para iniciantes como para atletas, mas o importante é saber até que ponto ela é considerada normal ou se está se tornando maléfica.

Se você é iniciante, se está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte podendo se prolongar até mais dois dias. Isto porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços.

No sistema muscular, irá ocorrer microrrupturas nos grupos musculares solicitados durante o exercício e acúmulo de ácido láctico, gerando no organismo um processo de defesa que leva a um processo inflamatório. Além da parte muscular, você também irá sentir novas adaptações em outros sistemas como o metabólico, o cardiovascular, etc.

Se você fizer o mesmo treino por um determinado período (em média de 2 a 3 meses) o seu organismo irá se adaptar a intensidade do exercício feito e esta dor irá desaparecer aos poucos.

Mas sempre que você fizer exercícios físicos ou atividades físicas diferentes ou aumentar a intensidade dos exercícios que já está fazendo ou ainda ficar um tempo sem fazer os exercícios e voltar aos mesmos proporcionando novos estímulos ao corpo, esta dor aparecerá.


Os treinos mais intensos darão maior probabilidade a que isto aconteça, por isso os atletas também aprendem a conviver com a dor e evitar lesões. Não é que seja preciso sentir dor para fazer exercícios, e que estes surtam efeito, aliás, se você sente dor durante o exercício é sinal de que está forçando além do que deve ou que já é hora de parar e diminuir o ritmo ou a intensidade do exercício.

Agora tudo depende do seu objetivo. Se você quer melhorar a sua performance, aumentar a massa muscular e melhorar o seu condicionamento cardiorespiratório deverá trabalhar com limites e treinos mais intensos podendo causar estas dores musculares nos dias seguintes ao exercício executado.

Se você treinou e sentiu dor no dia seguinte, procure treinar outros grupos musculares ou fazer atividades com menor intensidade para não piorar a situação. Por isso é muito importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios e conhecer exatamente o seu nível de condicionamento, trabalhando de forma adequada com a intensidade certa que possa lhe proporcionar melhora no rendimento sem causar lesões, respeitando o seu limite.

Fazer compressas de gelo, que é um processo antiinflamatório, pode ajudar a diminuir a inflamação nos músculos. Faça pelo menos 2x por dia por 10 minutos.

Algumas pessoas precisam tomar um antiinflamatório, mas nestes casos é essencial que um médico faça a prescrição do melhor medicamento para você.

Não esqueça de fazer muito alongamento antes e depois dos exercícios, pois estes também ajudam a relaxar a musculatura depois do esforço.

Respeite o período de repouso não treinando o mesmo grupo muscular em dias seguidos ou alternando atividades intensas com atividades moderadas em dias seguidos.

Se estiver com muita dor não treine. Descanse!