domingo, 28 de outubro de 2012

COMER FRUTAS E VERDURAS, MELHORA O BEM-ESTAR MENTAL

Um estudo desenvolvido pela Warwick Medical School, no Reino Unido, descobriu que comer muitas frutas e vegetais aumenta a satisfação com a vida, o bem-estar mental e a felicidade. Os resultados serão publicados essa semana no Social Indicators Research. 

Os pesquisadores colheram informações sobre os hábitos alimentares de 80 mil homens e mulheres na Grã-Bretanha, que responderam perguntas sobre o consumo diário de frutas e vegetais, a rotina de exercício físico, a situação no emprego e a incidência de hábitos como beber e fumar. Além disso, eles preencheram com notas de 1 a 10 os seus níveis de satisfação com a vida, o bem-estar mental, a felicidade, o nervosismo e a autoestima.

Analisados os resultados, os cientistas verificaram que quem comia cerca de sete porções de frutas e vegetais por dia era três vezes mais satisfeito com a própria vida, se comparado com aqueles que comiam menos. Quanto menos desses alimentos os indivíduos comiam, menos satisfeitos eles eram. O grupo das sete porções ou mais foi o que atingiu o pico de felicidade. A pesquisa não fez distinção entre os tipos de frutas e vegetais.

Os pesquisadores afirmam que os resultados já eram esperados, uma vez que o consumo de frutas e verduras tem sido relacionado em estudos a diversos benefícios, como um menor risco de doença cardíaca e câncer, além de auxílio no controle do peso e da pressão arterial. Para os autores da pesquisa, as vitaminas e outros nutrientes presentes nas frutas ajudam o organismo a funcionar melhor, influenciando as funções cognitivas e áreas do cérebro responsáveis por combater o mau humor.

Inclua mais frutas e verduras na dieta com esses hábitos

Fontes de vitaminas e minerais, vegetais e frutas deveriam ser consumidos todos os dias em pelo menos cinco porções. Se essa regra ainda não faz parte da sua rotina, preste atenção às dicas das nutricionistas:

Peça suco

A maioria dos restaurantes já oferece opções de sucos naturais no cardápio. Por outro lado, não pense que beber sucos é uma alternativa ao consumo do alimento sólido, já que a bebida é muito mais calórica - por utilizar muitas frutas para fazer um copo - e você não aproveita as fibras presentes no bagaço e na casca.

Carregue na bolsa para o lanche

"Transportar frutas ou pequenos legumes para o trabalho deve ser encarado como um ato de cuidado com a saúde e com o corpo e não como um fardo ou sacrifício". Para o transporte, existem no mercado desde potinhos plásticos até recipientes no formato de cada fruta. Na ausência de protetores, invista na maçã ou nas cenouras do tipo mini, que são muito resistentes.

Crie vitaminas

Quanto maior a variedade, melhor. Assim, não tenha medo de criar combinações e misturar sabores. O único problema é que o alimento perde parte de suas fibras ao ser batido no liquidificador. Fique atento também para não deixar a bebida muito tempo parada. Ela deve ser consumida imediatamente após o preparo.

Faça combinações

Tem quem diga que as saladas e frutas não têm gosto. Contra isso, uma dica é combiná-las com alimentos que você gosta de comer: frango desfiado, atum, ovo, queijo branco, peito de peru e salmão. São opções saudáveis que deixam a refeição mais completa. Nozes, castanhas, sementes de gergelim, ervilha, grão de bico e soja também podem entrar na mistura.

Inove no preparo

Alguns legumes apetecem mais quando cozidos ou refogados. Pense nisso antes de decidir o que vai ser servido cru na salada.

SÍNDROME DO "JOELHO DE CORREDOR"

A síndrome da dor ou desordem fêmoro-patelar acomete tanto os corredores que o diagnóstico das também conhecidas como condromalácia patelar, instabilidade patelofemoral ou tendinite patelar ganharam o apelido de “joelho de corredor”. Trata-se de dores nos joelhos, resultado de degeneração da cartilagem atrás da patela (ou rótula), em contato com o fêmur (osso da coxa). O apelido só não faz justiça porque a incidência também é grande entre jogadores de futebol, tenistas e ciclistas.

A dor, em pressão ou agulhadas, nasce no início da corrida — e também ao escalar, agachar, enfrentar escadas ou simplesmente permanecer sentado por cerca de 30 minutos (no cinema, por exemplo). A partir daí ela pode ser entendida como estágio inicial de um problema patelofemoral, depois que uma sobrecarga na atividade física, com extensão e flexão dos joelhos (musculação com aparelhos, step, agachamentos etc.), causou reações infamatórias e danos estruturais às articulações dos joelhos — um trauma crônico por fricção entre a cartilagem que protege a patela e os sulcos no fêmur (côndilos).

A condromalácia (condro: cartilagem e malácia: doença) significa exatamente o amolecimento dessa proteção na patela, o que aumenta a compressão entre esses ossos durante o movimento, causando irritação e dor.

Isso acontece porque o joelho já foi exposto a exageros nas corridas ou em outras atividades que provocaram microtraumas por repetição. Ou porque, já fora de seu movimento normal (em instabilidade ou lateralização), o conjunto articular sofre com o desequilíbrio de forças entre os músculos laterais e mediais da coxa, e também por causa do chamado joelho para dentro (valgo) — diagnosticado de oito a dez vezes mais em mulheres, por causa do osso do quadril mais largo.

A condromalácia patelar apresenta diferentes estágios, conforme o grau de degeneração da cartilagem: amolecimento, fragmentação ou fissuras, até a erosão ou perda total. Por isso há necessidade de consulta clínica imediata, ainda no início das dores. Se o atleta insistir, as fissuras na cartilagem podem expor os ossos à fricção, aumentar consideravelmente as dores e causar inchaço no joelho afetado. O tratamento cirúrgico é o último recurso, pois causará limitação da atividade esportiva.

Causas

• trauma por fricção crônica de força excessiva aplicada ao joelho

• evolução agressiva dos treinos e insistência em atividades com dor

• joelho valgo, conformação do quadril no sexo feminino, pronação acentuada dos pés, tênis inadequados

• trauma por impacto local ou estágio precoce de artrose


Sintomas

• dores acentuadas, à frente e ao redor do joelho, ao correr, subir e descer escadas ou agachar

• estalos ou crepitação, audíveis, ao esticar ou flexionar o joelho

• dor ou ardência ao permanecer com o joelho flexionado por cerca de 30 minutos


Tratamento

• interrupção da corrida e repouso

• gelo, anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapia para redução da dor e regeneração dos tecidos

• fortalecer toda a musculatura da coxa, em particular o quadríceps e os internos da coxa (vasto medial e oblíquo)


Prevenção

• com dor, interromper a corrida e buscar tratamento

• reforçar músculos para equilibrar forças na corrida

• manter fortalecidos a panturrilha, o posterior, a lateral e o quadríceps na coxa

• fazer alongamentos nos dias sem corrida

• evitar manter o joelho flexionado a mais de 90 graus

• manter peso relativo à altura, atenção à corrida em declives e ao uso de tênis corretos e até de salto alto

• observar boas condições de uso dos tênis de corrida e seu tipo de pisada


Retorno à corrida

• após equilibrar a força das pernas compor meio de musculação

• quando não mais sentir dor ao:

- dobrar os joelhos ou esticar completamente a perna

- caminhar e correr em linha reta, com viradas acentuadas e em “8”

- pular com o joelho tratado ou com ambas as pernas